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Sunday, July 23, 2006

Confiara á mãe a menina
O conforto que sentia nos beijos dados
E a mesma de responder que eram o ar da vida
Do tanto que se ama no trespassar dos mesmos
Pela vida adiante..é doce caminhada...
E a menina enfiava se toda no colinho quente
Roliça e apertadinha se fazia
Para inteirinha caber num dos estalinhos
Com que a mãe a cobria sem se cansar...
Ora viu a menina assim como estava
A barriguinha gorda de um desses...dado...
Enfiou se por ele adentro
E sem dar um passo...
Chegou milagrosamente
Ao coração enternecido que a carregava...
Viu flores, risos,tintas e cores frescas
Quadros idílicos casas redondas
Cheias de terna alvorada
E viu meninos e meninas entrando e saindo
Para darem os seus passeios á volta do mundo
Mas que para lá voltavam a entrar...
E o cheiro do beijo amoroso era intenso
Aquele aroma que deixa saudade
E o tamanho era imenso
No tanto que havia por encontrar...
Quis a menina abrir os olhinhos
Para ver se não sonhara...
E o tudo que vira continuava ali a andar...
Manos manas e tantos a falarem
E jarras e flores e cores de pasmar...
Percebeu então a menina
Que nada mudara...
Ficou lhe na alma
O cheiro...
O som dos passos...
E para lá voou em momentos escuros
De alguns dias da sua vida...
E como áqueles meninos...entrava e saía...
Entrava estonteada...saía apressada...
Porque a casa não tinha portas
E lá dentro não havia camas nem sofás
Só a doce penugem das nuvens
Acariciando os corpos cansados...

E o peito da menina tornou se tambem um dia... um lugar de eterna morada...

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