páginas brancas

Thursday, April 25, 2013

Quero viver naquelas ruínas




Naqueles penhascos que silenciam as dores das trevas adormecidas



Quero amar naquele chão antigo



Por meio das poeiras entorpecidas



Escutando um descanço há muito esquecido



E volejar naqueles céus ...naquelas brancuras desvanecidas



Abraçando nos abismos , vidas , mortes reacendidas



E nos séculos em que fui pássaro alteio ou ave pequenina



Quero me viver sossegada e caladinha



Nas dobras das nuvens trôpegas e dançarinas



E embalar me em récitas de cantos ou de uma poesia



E nas noites , alumiar me toda inteira e perfumadinha



Engolindo as estrelas leves e docinhas



Naquelas velhas pedras ... naquele recanto sobreerguido



Onde tu fostes um dia o Rei e eu a tua Raínha!

Monday, April 30, 2012

Para que saibas homem
Oafortunato que és...

Olhai as árvores singelos anjos
Ouvide o chão que range e mia
O vento que chia
E o tanto que fala e ri
E de uma janela qualquer
De uma fresta pequenina
Mirar o espelho
Este milagre vivo
Exalta te então moçoilo com estas farturas
E as riquezas qu'inda não cheirastes nem vistes!
Lève les yeux
Regarde les nuages qui passent
C'est le blanc de mes yeux
Qui ont perdu le mirage!

Sunday, February 06, 2011

A tristeza tem buracos
Poços de ar horrendos
Correntes amarras gelatinosas
Curvas escorregadias
Onde se perdem as gentes
Os espíritos delicados

Ai a tristeza tem forros enrugados
Desconsolos intermitentes
E quem numa distracção bondosa
Cair nela ás travessas e ás ceguinhas
Que se cale bem calado bem caladinho
Que arraste os seus olhos molhados e limpos
Pelas vestes imaculadas e fresquinhas
Das suas montanhas e colinas
E num esforço arrojado
Se solte dessas funduras dessas terras movediças
Bramindo um canto um hino sustenido
E num abrir de asas num rugido mortal e desconhecido
Arqueje se também num urro brutal e enfurecido
Albarroando o diabo… o Malífico!

Façam... façam isso !!!
E quando virem essa espinha cravada nesse precipício
Nessa fossa dilatada e escorregadia
Soltem se pelos ares leves e ligeirinhos
Varrendo os essas correntes com as vestes enobrecidas
E ide em procissões e cortesias
Pedir ao Benfeitor e ao Altíssimo
As benções que por cá nos são ainda proibidas!

Ide!.. ide irmãos por estes céus acima!

Wednesday, January 05, 2011

Gastei os meus olhos nas poeiras do teu rasto
Deixei o meu cheiro na tua pele sonhada
Pousei a mão perdi o braço no teu corpo desalinhado
Esqueci me da língua enrolada num teu beijo molhado
Naquela fatia de tempo onde te sonhei primeira...sempre arredada...

Ai...ai...
E tudo se desinquieta em min
Neste estado desconcertado!

Wednesday, October 20, 2010

Mãe!eu não quero ser amelhor
Só quero um tempinho para sonhar

Mãe!Vede nos meus olhos luzinhas a brilharem
São estrelas pózinhos bomboms açucarados
Que me trazem os meus amigos do outro lado
Eu até já quis explicar...
Eu até já quis pular para dentro de um fato rendado
Que me estendeu uma fada prendada bordado por ela todo enfeitado
E assim descanso serena por estes recantos

Saturday, October 09, 2010

Oh semiramis minha amada!

Resgatada das feras das trevas encapetadas

OH!Amatis !jorram dos teus cabelas as águas benditas do Eufrates

E da tua cabeleira chega me o cheiro dos campos

E o teu corpo é um poço quente onde brota o leite

Onde vai a garganta e os lábios da terra se saciarem

E onde fui o primeiro ...perdido a te achar!

Tragam as pombas a mais os pássaros que te suavizaram

A fome e a tragédia que carregavas a teu lado!

Saciando te na abundancia de seus ricos manjares

E que destas florestas e destes bosques encantados

Se cheguem a mim as árvores e as suas ramagens tenras

Para que eu possa tocar estes panos e estas vestes primeiras que te adornaram

Vinde a mim num passo de dança, numa reverencia humilde a me cumprimentarem

Que eu sou o Rei dessas verduras destas tenras pastagens

Sim!destas que te viram desnuda caminhando em suas bocas pastosas

Num encantamento súbito onde tudo estagnava

Que se cheguem pois a min a me soletrarem

As curvas das tuas ancas e a brancura das teus braços

Que eu quero saber! que eu quero domesticar esta dor

De te terem visto primeiro arredada de min noutros braços


...E assim esvaziava se num pranto

E num ressentimento amargurado este Rei

Que tudo quisera que tudo tivera ... a não ser

A Raínha pequenina a crescer lhe nos braços!

E era vê la a mais a sua ninhada afeiçoando se á terra mole

Jardins maravilhosos carregados de outros lados

Pois quisera El Rei e mais a sua bondade

Que a sua morena tez e que os seus pequenos passos

Só poisariam nas entranhas mornas e moles

Daquele pedaço de chão longínquo

De onde viera um dia a tal divindade!

E os pássaros que voejavam a seu lado

Eram fadas pombas amestradas

Que cantavam e lhe contavam histórias admiráveis



E conta a gente daquele sítio e daqueles vales

Gerações ancianas da Assíria antiga

E de Ninive que ainda vive no tempo

Mas que há muito foi abolida do mapa

Que morrera um dia a Semiramis seu filho adorado

E numa convulsão súbita e premeditada

Abriram se os portões do Céu

Onde Tamuz subiu ás alturas para reinar!



E por toda á parte por todo o sítio por todo o lugar

Honrou se á Mãe e ao filho nas bençõea por eles trazidas para aquele lugar!



Isso eu sei!

Nisso eu acredito!

Pois que me fui depois também eu

Raínha e Mãe um dia lá nas alturas a seu lado

Hórus meu filho e eu sua Mãe Isis a afamada!



-Au vert paradis des amours enfantines-

Friday, October 08, 2010

Oh semiramis minha amada!
Resgatada das feras das trevas encapetadas
OH!Amatis !jorram dos teus cabelas as águas benditas do Eufrates
E da tua cabeleira farta chega me o cheiro dos campos
Onde fui o primeiro ...perdido a te amar
Tragam as pombas a mais os pássaros que te suavizaram
A fome e a tragédia que carregavas a teu lado!
Saciando te na abundancia de seus ricos manjares
E que destas florestas e destes bosques encantados
Se cheguem a mim as árvores e as suas ramagens tenras
Os panos as vestes primeiras que te adornaram
Vinde a min numa reverencia humilde a me cumprimentarem
Que eu sou o Rei dessas verduras destas tenras pastagens
Sim!destas que te viram desnuda caminhando em seus pastos
Num encantamento súbito onde tudo estagnava
Que se cheguem pois a min a me soletrarem
As curvas das tuas ancas e a brancura das teus braços
Que eu quero saber! que eu quero domesticar esta dor
De te terem visto primeiro arredada de min noutros braços
...E assim esvaziava se num pranto
E num ressentimento amargurado este Rei
Que tudo quisera que tudo tivera ... a não ser
A Raínha pequenina a crescer lhe nos braços!
E era vê la a mais a sua ninhada afeiçoando se á terra mole
Jardins maravilhosos carregados de outros lados
Pois quisera El Rei e mais a sua bondade
Que a sua morena tez e que os seus pequenos passos
Só poisariam nas entranhas mornas e moles
Daquele pedaço de chão longínquo
De onde viera um dia a tal divindade!
E os pássaros que voejavam a seu lado
Eram fadas pombas amestradas
Que cantavam e lhe contavam histórias admiráveis


E conta a gente daquele sítio e daqueles vales
Gerações ancianas da Assíria antiga
E de Ninive que ainda vive no tempo
Mas que há muito foi abolida do mapa
Que morrera um dia a Semiramis seu filho adorado
E numa convulsão súbita e premeditada
Abriram se os portões do Céu
Onde Tamuz subiu ás alturas para reinar!

E por toda á parte por todo o sítio por todo o lugar
Honrou se á Mãe e ao filho nas dençõea por eles trazidas para aquele lugar!

Isso eu sei!
Nisso eu acredito!
Pois que me fui depois também eu
Raínha e Mãe um dia lá nas alturas a seu lado
Hórus meu filho e eu sua Mãe Isis a afamada!