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Sunday, November 22, 2009

Gosto de me afinar
Na tua recta medida
E na certificação solene
Te descobrir sempre
Em requisitos extremos
Sem atropelares a minha
Que há muito cresceu
Se alargou na desmedida
Nas regas abonançosas
E adequadas do tempo ...

Afunilaram se os caminhos
Não chores amor nas esquinas do tempo
Nas inconformidades decadentes
Nas estrias nebulosas das noites
A te querem prender nos seus dentes...

Arqueja antes o teu corpo fino
Nos contornos precisos do meu
Em inflamações de adivinho
Em desejos de menino pequenino no meu...
Amo-te de dia
Descanso me de noite
Reflicto e busco te em afeições
Em arejamentos distintos
Nos céus gloriosos ...
Em glaciares emaculados e virgens
Nas praias ... nos mares ...
E no abraço da água
No regozijo da tempestade
Geme a tua alma
Em busca da minha ...
Em ardências ... em declamação ...

Não precisas de me ver
Não te arrisques a me olhar
Pelas funduras escuras de minha aflição
Porque a tua alma cabe em metade
Na demasia da minha
E na folga extensa que arredonda a tua
Poder te ás esgueirar..perdido
Na minha circonferencia bendita
A te assentar lugar...

Espera antes pelo meu sopro
Pelo tinto distinto a carregar
A tua aura na minha
Em graças a te declamar!

Tuesday, November 03, 2009

Chegou o Agosto com boca grande
Regorgitando me um amor antigo
Cadencias ... afinações brandas
Preludiando a vida no fim...

Só eu o vi nos recuos dos tempos
Em interpelações rigorosas de demandas
Que voltava nesse dia só para mim...

Não sei se me escutou na expiação do tempo...
Não sei se me viu no incitamento de sua fama ...
Mas naquela tarde especialmente feita para mim
Chegou se me em ampliação...um carinho...
Um ardimento no vento...
Uma oscilação desacertada do tempo
Que se veio lentejando ... apelidando me assim...

SOU O TEU MARINHEIRO QUE SE APARTOU HÁ MUITO DE TI!!!!!!!!

A seguir...desfaleci...
Porque o tempo que se houvera inscrito
Se fora num transloucado momento
Em que a morte se chegara a mim...

Fora muita a ausência
Para nos havermos felizes...
Engole me num fechar de olhos
Num pasmo de retina a atulhar me em ti
E quando a saudade chegar
Olha me bem ao espelho ...
Toda amaranhada nos teus sentidos... assim ...
E dai me honras...dai me os teus beijos
Essas goloseimas que nunca têm fim

Vá! Enseia me já no teu peito
Quentinha junto a ti ...
Estou branda...desvairada...
Falta me o amor da tempada!
Foi se longe em passeio a se enfeitar
De cabelos e tranças de farta miudagem
Foi para além dos mares o meu amor
Que me falava baixinho
Com os seus olhos de miragem...
Ando triste ... desnorteada...
Avança o barco na rota trocada
Em vistas ébrias em passos largos
Vai se me o homem pr'a longe
Vai se me o amor para outro lado!
Cita te humilde perante o destemido
Que a pequenez é a razão
A centelha santa e divina
Que acautela o coração...

Porque na vida há que por vezes
Fechar se os olhos ... desmentir a razão
A proeza generosa e destemida
Que ofusca no medíocre a justificação...

Eu cá para vós ... sou resto...rasto...poeira sem fim

Até porque os meus olhos não alcançam os vossos
A minha palavra não desvenda o sentido
Que quereis aplicar em miudezas... assim...
Vede bem se vale a pena vos reabastecerdes em mim...
Porque eu... eu não vejo em vós nada
Senão a erva daninha que vos cresceu na língua!
E que não vedes por me cobiçardes em cobiças hóstis
Ah!Ah!Ah! há de haver tempo nesta vida para nos rirmos
Para nos regogitarmos do mal que os outros
Um dia me aquartelaram assim...em bebedeiras desonestas
Em triunfos descabidos a que nunca viram o fim...

E é por isso que me vereis sempre calada ...
Encaracolada numa esquina... ou num banco de jardim...

Ou então...

Abrandada num pedaço gélido da lua que me já engoliu...
Teve medo da vida...
A besta que me deixou aqui a dormir
Virei lhe os olhos em pequenas fintas
Encostei me aos seus memorandos antigos
Aliviei me em orvalhos benditos
Em que a frescura das manhãs se misturava
Com as essencias castas da vida...
Teve se em panicos de se ver rendido
O macho que se prometera a mim um dia
Eu que me fui vulnerabilizando em agonias
De o não ter por perto em distinções...em cortesias...
Fui me em alucinações malditas
Em distritos amplos e longínquos
A procurá lo nem fera perdida...
Apareceu me num dia em rumores de saudades
Em pressas de se haver de novo comigo
Ai!ai amor de uma vida!!!!!!!
Olhei o com olhos mansos ... quebrados do tanto que vira
Desacreditando lhe as vistas já cansadas e sobre erguidas
Amor!!!!!amor de minha vida...
Vinde ... vinde ... gritou me em labaredas aquecidas
Sou o amor...o outro da tua vida!!!!!!!!!
E os meus olhos correctos do sentimento há muito aguerrido
Os meus braços entrelaçando se em aliança há muito querida
As minhas mãos desembrulhando as fatias de ternura activa
Amealharam beijos , consolos , alívios ...

Retornou me o ingrato ... o amoroso que me deixara um dia...