páginas brancas

Thursday, October 29, 2009

Flutuo... esvoaçamento equilibrado
Já nada penso...trémula ... trespasso me ...
Sou gota...neblina...bruma...
Dulcífico aroma ... em ti pousada ...

Só assim te tenho ... amor ... a meu lado !!!!
Vinde...vinde comigo
Mostrar vos ei o meu amor
Que está para lá das curvas das montanhas
Dos socalcos das estradas
Nos mares densos...em ondas altas a navegar
Pirata ... conquistador em marés altas a se altear
Cantam lhe as sereias estrofes antigas da Ilíade arcaica
E entre espasmos e redemoínhos se enobrece o ilustre amor
Em iniciações baptismais em honras da história
Em grageamentos honoríficos a Neptuno e seus exécitos
Na ondas consigo a bravearem...

E em terra se entristece a nobre Senhora
Em desfalecimentos e estremecimentos
Em rezas e cantares aos Deuses propectores
Desse infeliz que ao mar se foi a marear...

Acode lhe Senhor!
Aviva te Senhor nele a te celebrares!!!!!!!!!
entra em casa
Vê mas não olha nada
Pousa a pasta desbotada
Senta se repousado no sofá
Traça a perna num jeito ajustado
Agarra no comando da Televisão
Acende a maquineta aleijada
E num sopro raquítico
Num bocejo estropiado
Engole a letra o palavreado
E nem de dá conta da presença
Da companheira despenteada
Desassossegando se em idas e vindas apressadas
Tabuleiro aqui...talher acolá
E num instante na sua frente a mesa montada...
Bife...carne...batatas...tudo quente...amornado...
E nem sequer espreita de soslaio por decima do prato
Come...come...como um diabo trasloucado
A ração do dia que o há de fartar...
E olha o a mulher desnuda...desgrinhada...
A pérola que um dia subiu ao altar
Em juras de obediencia e de bom parto...
E levanta se a besta quadrada do seu assento remendado
E se encaminha seguindo o a sua caça
E despem se os dois sem sequer se olharem
E se trespaçam se os dois em gritos e laçadas informais...
É a hora de se abocanharem ... de se despedaçarem
Entre o ódio e o dever á pátria ...
Constelou se ali a décima ninhada
E todos os dias choram nquele buraco
Bocas grandes...em pedidos propositados...

E não há ninguém neste miundo
Que ponha ordem naquela casa !!!!!!!!!!!
Procurei te amor nas brumas cinzentas
Na escuridão ... por entre mares e nevoeiros
E viestes te a mim nem espectro desconhecido ... amável ...
Cavaleiro demolido ... místerioso...insondável...
Agigantavas te num trecho desmesurado
Sonoridades ... motes lendários...
Viestes te em murmúrios encantados
E eu que te não deslumbrei logo nesses teus trajes
Eu ... que me persignei anos em buscas repertoriadas
Eu ... que todos os dias te inventava nos silencios prateados
Me repercutei nessas tuas parávolas...nesse teu jeito abastado
Viestes te em singelesas amoráveis...em reclamação drástica
Em jeitos e maneiras apreciáveis...
Vi te de longe...vi te ... em redemoínhos escarlates
Em turbilhões de saudades...em buscas densas...temperadas...
Avançaram se os tempos a me quererem amedrontada
Em redobrares aumentados a desafinarem...
Mas eu ... eu que te tinha há muito querido..
Eu...que há muito na minha alma te clareara
Logo me manifestei no teu passo apurado...
Viras me...cedo te adiantaras a mim em aconchego consolado
E nos teus braços...nos teus braços que carregaras...
Oh! amor...amor do outro lado!!!!!!!
Eu que te tivera há muito cheirado
Redopiei me ... sensata num teu trilho desamparado...
Amor...amor...lembrança ajustada ...

Monday, October 26, 2009

Chamavam na Maria. Era uma menina alegre, como o é toda a criança que é feliz, por ter os olhos espertos a verem os céus azuis e as estrelas a passearem-se bonitas e elegantes por meio dos planetas vizinhos. Por vezes, no sossego das noites, sentava se a menina por entre as flores do seu jardim o olhar para o céu, sempre e sempre á procura de qualquer coisa. Sabem vocês o que esta menina mais queria? Sabem vocês qual era o sonho desta pequenina que gostava de ouvir os pássaros a cantarem e dese rebolar na relva fofa do seu prado? Ah! Não adivinham? Pois é! Era voar!!!!!!!!! E subir lá bem alto para ver a terra a girar!!!!! Porque quando ela corria, o vento levantava lhe as tranças fartas e parecia que Maria tinha duas asas para voar...
Ah! Toda a gente gostava desta menina que até sabia cantar! Cantava de manhã, pelas tardes e ás horas adiantadas também, onde toda a gente já dormia e queria repousar. Mas aí, ela dobrava baixinho as melodias para não perturbar o sono dos grandes que queriam descansar…

Ora um dia, disse - lhe a mãe assim :
_ Vem daí querida! Vamos para o jardim passear
A Maria saltitou toda contente, e de seguida como um peãozinho a girar , seguiu o caminho do parque onde a esperava as brincadeiras mais engraçadas.
E sabem vocês pequeninos, que me estão a escutar? do que a Maria mais gostava era de andar no carrossel encantado ! Uma carrossel onde viviam gazelas, girafas, elefantes, e cavalinhos , sempre a rodarem. Animaizinhos de madeira, á imagem dos verdadeiros que andam por aí a passear. Feitos com muito amor pelas mãos de um tal senhor habilidoso que os pusera ali para encanto da meninada que se estreava sempre neles a bailar. Porque era mesmo assim! Uma dança … um concerto de risadas…todos queriam galgar montes e colinas montados na garupa dos bichinhos , a imaginarem - se caçadores, conquistadores, príncipes e princesas em longínquos reinos a viajarem .Mas com a Maria , o caso era outro…ela queria era mesmo VOAR!!!!!!!!!!! Ela gostava muito de um certo cavalinho branco pintadocom flores que se estampavam logo no seu vestidinho branco, logo que a Maria se sentava na sua montada , apertando com doçura o pescoço do seu amiguinho , que ela não queria magoar. Era uma tarde branca, muito limpa sem manchas nem rasgões num véu azul com que se cobrira a manhã. Soou a campainha da largada subiu para o carrocel , correu para o seu amiguinho, alçou a pernita e subiu para a sua montada. Enrolou os seus bracitos ao pescoço do poltro e segredou lhe baixinho a sus vontsde.

Voa! Voa amiguinho leva me a passear!

E não é que nesse mesmo instante, assim que acabara de falar, se elevou nos ares , subindo … subindo o amigo querido levando consigo a sua menina que se encantava bem alto a gritar : oh meu amigo…meu anjo querido estás a voar!!!!!!!!!!!!! E não é que voava mesmo ? e cá por baixo, todos se espantavam de verem lá no cima tão bela amazona na sua montada ! e todos se deslumbravam em encantos da sorte que tivera a menina de se estrear assim naquela tarde…

Saturday, October 17, 2009

Sabei me olhar com olhos
Vem ... vem amor descansar nesta sombra
Nestes ramos de cheiros ...
Nestes bosques onde te perdi num engano
Nestas giestas onde me amadureci
Sempre em buscas em pesquisas me chamando por ti...te reclamando...

Vem meu amor te aqueceres junto a min
Em par primeiro...em prestigio soalheiro ...
Eu que te fui em buscas...eu que me permaneci aqui
Quieta...te cheirando nos múltiplos caminhos
Nos derradeiros pernoitares onde os mirei
Príncipes e cavaleiros que se encostavam
A se demonstrarem hábeis...certeiros...

Não!me fiquei quieta...morninha...dulcífica e inteira ...
Em esperas de ti...o primeiro...
Vem...vem meu amor...meu deleitoso
Te espriguiçares em mim
Te abraçares assim nesse teu jeito brindeiro!
Que eu me fui morrendo aos poucos
Desde os tempos primeiros...

Vem meu amor te embalares comigo neste sono dianteiro...
Amor...amor do outro tempo
Que me parei nas épocas a te abrigar ...prístino... o original...

Vem..vem...vem...

Wednesday, October 14, 2009

Quero atravessar aquela ponte
Que leva a nenhum lado ...
Entrar naquela casa pequena
Que desconhece morada
E onde o amor não é nenhuma
Ser o sonho vivido
O cansaço temido
Que finda ... breve ...
A minha jornada!
Veio me o meu amor a apresentar se...
Chegou em asas motorizadas
Coisa nunca vista...
Chegou me o amor do céu...
Em passos pequenos em leve marulhar
Em mestrias de se mostrar tão crescidinho...
Amor...amor chegou me dum buraco lá do cimo
De um atalho grande...muito escondidinho...
Amor ...amor...sempre tão clandestino...
E eu a olhar a terra ... os buracos grandes
As montanhas os prados ... onde se teria ele escondido
Esse...que morava a meu lado?..
Chegou me em sonhos em alucinações de adivunhas
Em presságios ... em mutações cruéis dos tempos já idos
Amor...amor da minha vida...
No setim da minha saia te enrolei pequenino
Como menino precisando de um carinho
No meu peito te recatei a dar maminha
Na fome a te descobrir sózinho...
Amor...amor de minha vida...
Viestes em azúis em verdes marinhos
Em cores de algas a te entregares sózinho...
Amor...amor da minha vida...
Em desmanchos cansados de vida condoída
Em acertos e tratos ... em respostas furtivas ...
Amor...amor da minha vida...
Ouvide ... vós ... que me estais ouvindo!
Se veio a min...em ternuras bentas
O amor...o homem de minha vida!
Aconchegou se me a min em primores nunca vistos
Requintes...nobreza estranha ... por muitos nunca apreendida ...
Vede! vede bem...o amor...o amor da minha vida!!!!!!!!
Cabelos castanhos ...olhos mansos ... porte altivo ...
E eu perguntava...perguntava a todos....tende no visto?
A quem? a quem ? ... e respondia eu em clarezas nunca vividas:
Ora!... o amor...o amor da minha vida!
Esquecera se do nome por nunca o ter ouvido
Em chamares brandos nas procissões honoríficas
Será o seu menino ? o seu irmão ? o seu mano ?
Não! procuro o amor...o amor da minha vida!
E nos destroços marinhos nas fogueiras abrasadas
Me fui caminhando sempre sózinha...
Amor! amor de minha vida!!!!!
Perdi me nas igrejas nas vilas pequeninas
Que o sabia bom ... simples na vida...
Escondi me em searas a coscovilhar vidas
A entreter me em diálogos sem malícia
A escorregar em lençóis que não eram os deles...sempre sózinha
E de dentro de meu coração...de dentro de minha alma condoída
Saía um pulmão...em sopro desfavorecido...
Amor! amor de minha vida!!!
E ao céu ás árvores me confessava
Amor...amante quebradiço em beira de estrada
Onde estás...onde estás...
E vieram as chuvas e encheram se os mares
Naufragáram velas barcos endemoínhados
Onde penoitara amor homem de meu lado ?
Em marés escuras nadando apiedado?
Da vida que jugira sem lhe ter alcançado nada?
Eu em prestezas de mistérios a calcar estradas
Amor...amor de minha vida...vem para meu lado!
E assim se passaram verões primaveras invernos e noitadas
Em bramidos severos que não deixavam ouvir nada
O eco de meu príncipe em alturas alheado ...
Amor...amor de minha vida...recolhe te a meu lado!
Guardai para vós os segredos...os sermões
Guardai para vós oiros e galões
Que de min vos calarei para o todo
As asperezas de meu coração ...
Vim de um presépio há muito destemido
Me curvei em honras e benditas até ao chão
A nobres em cortesias...sem justificações
Me afunalei em desesperanças em anulações
Estropiei me em condecorações em sinais de outras legiões
Apadrinhei defeituosos belisquei ordens religiosas...
Nunca se deve um homem amedrontar em tais admoestações
Virai os olhos para o céu em vez de os terdes pregados no chão
Aprendi com os pássaros a comer só a minha ração
Ensinei me a velejar com os braços estendidos testemunhando Deus
Naufraguei me em mares horrendos... defendi me a nado dos tubarões inoportunos
Fugi...debandei me das multidões em que me enredei nos tempos
Com o sangue a escorrer me ... fidel...a apontar caminhos...
Sou coelho bravo...cão á solta...coisa pequenina...
Não faz mal...antes assim ... que erva daninha!

Enojei me das honrarias a bárbaros ...
Saltitou por mundos inadequados
Em esferas quadradas escurcidas
O meu amor ...pergaminho enobrecido ...
Que há muito a vida de min subtraíra...
Caíram nessa noite ...anéis... coisas bonitas ...
Naquela casa...naquele jardim...
Foram cabelos... angústias...agonias
E do tanto correr... do tanto me procurar
Acorreram as lágrimas a caírem lhe ...
Ouviu se nas lonjuras adentro uma deleitosa sinfonia
O curvar dos arcos a terra batida...
Eram seus passos a tangerem...ágéis...a terra amolecida...
Vem...vem...princepezinho por min há muito querido

E todos se deram conta da súbita vinda
Do donzel há muito por sua amada...apetecido!!!!!!!!