páginas brancas

Wednesday, May 27, 2009

Escorrem águas ... turbulências no meu peito
Abriu se uma ferida...queimo me em brasuras ardentes
Desfinhou se me o meu amor em torrentes de padecimentos
Está deslizando...quebradiço... em voos descendentes
E eu que me pari nas alturas ... me venho em empenhos
Em corridas velozes ... em amparos ...auxílios abastados e urgentes ...
Em volatas ligeiras ... em agasalhos a fortecer o corpo seu ... menineiro...

Por entre estacas grossas de nevoeiros
Me acorri em blandícias ... em alentos a erguê lo...
Achegaram se os prados e os seus cheiros autênticos
Partiu se a noite em dores estranhas...
Brotou a manhã em mezinhas de salvamento...

Beijos...terra benta beijando o corpo inocente...
Acorreram céleres os pássaro arvorando ninhos pelos céus adentro
A cantarem se em alegrias os alívios do doente...
Na entrega das benções vindas dos céus resplandescentes...
E as flores amanheceram em colorações inocentes
Mantas a cobrir o meu amo ... carícias...afagos consequentes...

Ai que o meu amor se foi logo revivando
Se alternando em balbúcios e gritos pequenos
De não se saber onde estava
Em Casa grande...ou em estaca pequena...

Sou eu Amor... a tua adarga...a tua defesa!..

Sunday, May 24, 2009

Olho mas não vejo!
Oiço mas não escuto!
Estes passos que chegam ... que vêm ...
Este olhar que vislumbra e me penetra
Porque me não sei dar a tantos ...
Me tenho só de alguém
Daquele que me visitou certo dia
E que ne seu colo me segurou bem...
E assim me vou chegar a velhinha
Segurando a minha mão na sua também
Aliança pergaminho benzeduras
Que o tempo segura tão bem !..

Tuesday, May 19, 2009

Vou vos falar dos poetas dos homens que riem e choram como eu
Suspendendo se em ramagens frágeis alastrando se em cantos emocionantes
Me vou em pregões falar vos desta gente que se entrega em confidencias
A quem os quiserem ouvir em tempos bons em horas mortas
Os amigos os asilados os vadios os marginais...
E cantam lhes a forte gente de longe hinos romances prodígos sem iguais
É a raiz da verdade rompendo o ventre escuro da mentira que sempre falou alta
Em indigações e procuras súbitas...que se não se conforma em ditos baixos...
O poeta é uma criança um rouxinol ... pirilampo entoando se em vibrações austeres
E escutam nos os animaizinhos as meninas os rapazinhos pequenos
Em serenidades e atenções elegantes...
Vou vos contar como se alcançam estas almas nas viagems adiante
Pelos céus e nos nevoeiros mansos ...

Chegam cedo com sacolas de letras esplendidas e brilhantes
E em vôos cintilantes banham se se em aromas ondulantes
Peregrinam nos mares pelos desertos adentro procurando ... achando ... dando ...
E em carinhos se estreiam por dentro das multidões se sonetando
Por de cima das cabeças distraídas que ainda os não vislumbram bem
E por entre rasgos celestiais se detêm em benções e rezas
Entrançando se aos aromas apetecíveis que acorrem e contar lhes seus bens...
Enleiam se aos olhos que de longe os não calculam ainda bem
Avistam nos alguns em finezas a se referenciarem seus íntimos também
E entre míriades de apregoamentos que se já soletram bem
Em benegnidades solenes que a todos sabem bem
Aproximam se em passos lentos aquentando quem os vislumbra bem...

São os pássaros os primeiros a denunciá los
Afinando motes deslumbrando se em dançares célebres
Ressonâncias dos ilustres temas que se declamam por lá ... além ...
E dos céus que os sustêm pingam lágrimas soam risos de encantamentos
E do meio dos terrestre motins se alcançam vozes genuínas
São ecos das árias que os mestres de longe recitam para o povo se estrear bem
E eu que me tenho por vezes perdida... em estranhezas e discordâncias
Eu que me arejo por vezes distraída
Me recolho presa tolhida por dentro dos rumores colhidos
Me alastrando em flutuações serenas me deixando conduzir bem...
Pedras preciosas oiro açafrão mirra
Em arroubamentos famintos em desígnios benignos
Me vou em conversas secretas e amigas
Me ententendo com eles que me já adivinharam bem...
E em vertigens em extases relevantes
Se acolhem neles aqueles que se agravam e se agenciam
Em investigações e que não alcançaram ainda os céus do além...
Sabeis vós que eles chegam das alturas ínfinas
Onde nunca se estreou ninguém?
Chegam em moldes de timidez
Com claridades e brilhos reluzentos
A se mostrarem só a quem os distinguem bem...
Proconizando contendas
Aliviando sentenças com palavras que só eles conhecem bem
E eu que me vivo entre a lua e o céu
Que me faísquei um dia em encontros solene
Sou peregrina celeste com eles por essas nuvens densas
Por este tudo que se agita e se alvoraça aqui em tormentas
E que eu conheço bem...

Mostra te poeta! mostra a tua alma viandante neste lugar que se quer sereno
E que o é teu também!

Monday, May 18, 2009

As serras da minha alma
Têm pernas de verdade
Caminham por dentro da terra
A me virem visitar...
São penugems do céu
Que em testemunhos doutos
Em prenúncios singelos
Deus se dignou pintar
Em agrados á menina
Que em colorações distintas
Em digressões e sossegos angélicos
Se parazeia nelas assim ... a cantar ...
Passos brancos á minha porta
Caminhos que não são de ninguém ...
Luares na minha cama
Sonhos que me chegam d'além ...
Mulheres em encostos de pedra
Esperando em transes idas que se já foram
Regressos vacilantes... notícias vãs ...
E tudo se aquieta no tempo que passa
Nestas fontes que pingam sobejos
Nestes mares findos em latitudes
Que já não pertecem a ninguém...

Nunca me souberam explicar
Em ditos concretos e perceptivos
A existência ... a variação do tudo
Dos meus sentidos que procuram
Sem nunca acharem esclarecimento
Em partilhada contestação...

Para mim
Só me resta partir
Alando me numa larga inspiração...

Mas me custa fazê lo
Pois me não queria demitir
Sem achar em tudo a razão...
Vocifera o vento á minha porta
Rangem os dentes trovões vozeirosos
Escancaro as portas as janelas das ruas dos meus pátios
Para os receber na minha jaula amistosa...
Afasto me lesta deste corpo lamentoso
Em vémias e condões milagrosos
Me indo logo o espírito e em alma pr'a outros torreões
Em rogos de paz e súplicas em acordos de uniões
Mas que quer essa bafagem célere e destemida
Senão em arranques de machadadas
Se prostrar firme em silêncio célebres
De quem se experimenta casto e bom?

Fica se pois o meu corpo em desmaios e debilitações

Oh! tu que te adiantastes em atritos e desafinações
Fica te com o tudo que me resta desta grande variação
Te conheço te já ensaiastes em mim numa tarde...
Ó destino alígero... intempérie arrapozoada ...
Tomai pois as vestes minhas que me não são mais de precisão


E se foi a mulher em alturas em clamorosas ovações!

Sunday, May 17, 2009

Vejo na cor uma mancha adequada
Mas em fanTasias a tenho logo inadequada
E a maçã é azul cor do roliçar do mar
E a laranja é vermelha cor da lava a escoar
E tude se estabelece numa ordem desigual
Áquela que concluíram os homens
Nos seus convénios ancestrais...

Saturday, May 16, 2009

Passeiam se as gentes nas ruas a se espraiarem
É o vento ... o cheiro das árvores a intrigarem
E acorrem as crianças em risos a deslizarem
Nos moldes côncavos das bafagens arredondadas...
Destas manhãs que se despem e se dão a tantos a cheirar...
Vestem roupa bonita ... fatos amodados ...
Andam de sacos na mão trapos para se adornarem
E há cachopos alegres adiantando se a pedincharem
E há a mãe que não se nega ... cumpre desejos ... compra e tudo dá ...
Pássaros chilream nas aldeia em ideais de encantar
Entulham se nos prados as papoilas ... as margaridas prontinhas a se mostrarem
Esperam em delongas os visitantes que se têm em embustes por outros lados
Mas na vastidão dos tumultos há sempre alguém a escutar

E do grupo distraído... volve se atrasado...

Sonâmbulo transeuente em arredos de encatos se põe em escutas a delirar...
Alerta a malta distraída ... capitania a tribo para os campos a animar
Despem se de súbito as ruas ... os falsídicos altares...
Se recolhem todos nas ervas mornas nos taludes tenros a se espalharem
E em roliços se espairam em delícias mastigando as verdejantes delicadezas
Que de súbito se põe a cantar...
Delírios espontâneos de arrebatar
Nas alturas celsas e em paz a orarem...

E assim se brinca e se cresce nas aldeias ilustres das vilas atraiçoadas...
Sim! este é o meu sítio !
Este é o meu pedaço prometido
Aquele que me firmei há muito em amar ...
Gosto da terra do mar da serra e do para além estrelado
Quiseram me em altitudes em longitudes desabitadas
Em pedaços cheios da terra doce
Em romãzais e pomares astrais
E eu naveguei nas ondas bravas pisei barro oleado
Encaprichei me nas árvores em vigias a morar...
Fragilizam me as vozes os gritos das gentes aflitas
Daqueles que me não sabem aqui a morar...
Dspedaço me dias inteiros a me dar a cheirar
Me desnudo por horas infindas a me dar a mostrar
Me parcelo amiúde a me dar a morar
Me hasteio agitando os ventes a me dar a enxergar
Me lasco me esmigalho em pedaços
Para me seguirem...me adoptarem o passo
Para em branduras e silencios os poder sorenar ...
Mas eu sou aquela que vai e vem
Que fica e parte se fendendo em partículas e estalos
E que se ensaiou em mil e um rumos em escolhas pr'a ficar
Fui me tanto...em demasias...
Me fixei numa fina aragem...
Verde é sua cor ... regalo de meu pasto...
O dia nasce para todos como um soldado armado
Nesta vida de trabalhos e despedidads nestes encontros que nos trazem nada
E o militar abonado vem em revés de cuidados a assinalar culpas... a condenar os culpados
E eu perco me nessas curvas apertadas e me não sei mais se é a mim que ele olha
Ou se é á multidão que ele enxota em comando desapiedado
Porque é nas fragilidades dos tempos ... das auroras encantadas
Que se perfilam nas trevas muitos para desiludir... a desencantar...
São as sombras perdidas que se esclarecem e nos amordaçam...
Nascem dias caem noites e nos vamos todoas a nossos lares
Balsamizando nos das despedidas agora reencontradas
Em testemunhos singelos em arroubos estonteados...
A clareza magoa aquilo que nunca mais nasce...
Aquilo que se esconde ... e que teima em morada ...
Há que nos banharmos nas águas puras das preces
Para nos aliviarmos e nos tornarmos sanos...confortados...

As noites são curtas nos sonos fundos que nuca conhecem morada
E eu me vou e me venho em pézinhos acentuados
Sempre em despertares bruscos ...
Entrestecida de para aqui me voltar!...

Friday, May 15, 2009

Dizem os homens umas coisas...rispostam outros de outro lado ...
E eu que me não entendo ... me fico logo ali petrificada!..
Arejo me em considerações dignas e acertadas
Imponho me no que me acerta a concsiência ...e no que me dita a palavra
Me vou em passos certos me desatando da embrulhada
E na difinição de meu acto se olham os outros perdidos...desconcertados ...
Isto é porque me não defino no rebanho ... no colectável
Em estreitezas das decisões ásperas e agitadas
Que a todos agradam mas que me debilita em agonias cobfirmadas...

Consulto os céus e os astros em interrogações leves e apiedadas
Persigno me em orações e pedidos que hão de ver um dia claridades
E assim me tenho regida por um Mestre que ninguém vê...que nunca fala
Mas eu oiço no meu coração as Suas bentas Passadas
Confessei me há dias a amigos que me desacreditaram
Contei me a mais que se tiveram embaraçados
Relatei motivos desenhei arabescos pintei quadros
Me não abonam me não querem confirmar...
Então me volto e lhes dou as minhas sombras a cheirar ...

E por dias meses e anos
Por décadas e séculos
Em suspeições de mistérios
Se vieram todos a me confiarem ...

E assim é a vida da gente que acredita em outras lonjuras...
Que alcança noutras extremidades ... outros luares...

Wednesday, May 13, 2009

Rosas numa casa alegram a morada
Cheiram bem nos corações apaziguados
Colam se aos olhos puros dos premiados
Erguem se em nuvens pequenas
Dando se a todos a brindarem ...
Rosas brancas aveludadas são curiosas ... amigáveis
Cheiram a essências de presépio ... a ramos de namorados
Viajam por estranhezas e auroras
Estreiam se nas clarezas das manhãs rubras e acinzentadas ...
Rosas magnéticas roçando o pecado
Derrames de alegrias a se soletrarem
Vestem os peitos nus dos miseráveis
Adoçam as bocas gostosas das meninas desejadas
Adornam os vestidos das senhoras empertigadas
Reflectem se nos perfumes das donzelas sonhadas
Andam de mão em mão até ao quarto pressagiado...
Cada beijo é uma rosa ... uma paisagem idolatrado
Um reflexo genuíno dos desejos escondidos... abafados...
Crescem em montes em colinas ... em delírios nos prados
E nas manhãs leves ... estonteantes dos cheiro das alvoradas
Se abrem doces e singelas a se darem a descobrir ... a se contemplarem ...
E em amores eternos se pranteia a nobre gente sobre elas a se estrearem
Em ânsias e desejos de se terem nos outros proclamados
Mas a rosa não fala nem diz insanidades ...
Só escuta e retém as doces palavras em purezas e estéticas desenhadas
Abrindo se em murmúrios brandos que só entendem os amados...
E por isso ... nas auroras puras sobre os céus estrelados
Progridam rodando amigas por dentro de meu sono
Me cercando ... amigas ... perfumadas...
É a ambição divina que me as manda
Para nos nevoeiros dos dias me ter sempre nelas abrigada !



Bem venturada quem as tiver sempre a seu lado!

Tuesday, May 12, 2009

Na passada de um homem fica sempre uma marca
Na pegada de uma mulher fica sempre um rasto!
Os meus olhos são duas luas redondas
Como são os sóis que me aquecem
O ventre que me embala
A terra que me escuta
A tua boca que me fala...
Os meus olhos são janelas
Braços que te enlaçam
Aragem que te aquece
Calor num teu abraço!...

E esta fora uma carta de amor escrita por um donzel á sua menina que tanto amava...
E ela embavecida dos elogios lhe respondera apressada...

Os meus olhos amor são duas mãos leves
Duas pernas...dois braços bem esticadas
Escada corda martelo
Para desabar esta casa!
Que me tenho presa e fiel
Nestas torres alongadas
Se me quiseres por perto
Acode te a mim amor a me desencadear...

E tudo isto fora dito em eco de desespero adoidado.
Chegou lhe a novela ao berço...
Se teve logo o moçoilo apavorado...

Aqui me vou em pressas daí a te já arredar
Amor de minha vida
Perfeita incontestada!

E muitas foram as histórias que se contaram por estas terras a respeito do tal idílio que se tivera por anos incontestado!..
Erguem se ainda hoje na aldeia as ruínas de tal alcácer
Houvera guerras primeiro ...e a seguir só... os esponsais!...
Parte se ao meio o mundo ...
De um lado avistam se os fortes com mandíbulas de ursos
De outro atestam se os frágeis com almas ilustres...

Comeram se ums em festins atraiçoados
Outros despedaçados em dores abençoadas
Foram se os primeiros para suas camas refastelados
Se foram os outros a se estenderem livres ... ao lado do Sábio

E numa alucinação rouca e desfocada
Nunca conseguiram os ásperos
A enxergarem as inconveniências de seus actos...

Quanto aos Assinalados que davam o seu peito á espada
Deixando se cair em defesas de suas mulheres filhos e casas
Despedaçando se em toques severos de sabres
E em mapas de sangue e fundas tatuagens
Se abalavam daqui em leves miragens
Deambulavam esses por noites e dias em procissões alongadas
Nas mentes e memórias de quem desta vida os dispensara...
Homens atléticos de múculos proeminentes e consideráveis
Cabeças quadradas... loucuras... demências e cegueiras propagadas...

Houvera muitos que se endemoinharam em reprovações e censuras de tais actos
Se trepassando com ádagas em forças e ritos nunca aprovados...

Contava se que falavam com demónios feiticeiras bruxas e as demais
E que até Asmodeu e Belzebu os tinham por muito visitado...
Arqueavam seus corpos em dores e feridas escondidas... impenetráveis...
Não houvera nunca douto ou curandeiro que desvendasse da cura...a fórmula mágica...
Nunca encontraram nas suas mentes alguém a advogá los
Restou lhes na aflição ... o excelso mandato!

E assim se vai libertando este mundo das ervas daninhas que por aí tanto alastram...


Nunca em caso algum a dor é domávél!

Saturday, May 09, 2009

Vou desenrolar amor o trilho que tenho aqui
Te arrecadar de dentro ... para fora de min...

Vi te nas plumagens dos pássaoros te enleando nas matas densas
Indigando e bailando assim delicadezas ...
Presenças inaudíveis que adivinhava em ti ...
Apreciei te em buscas voluptuosas
Em exames e indigações por outra que não a min...

Dei me a mostrar nos horizontes tardios
Em nascimentos desaluados ... em berço enevuado a me esconder assim...

Mas miragens sobrecelestes em que esvoaçavas
Vi te em alucinações ... em fraquezas e inconveniências malignas
De longe ... sim ... sempre arredado de min...

Não importa o desgosto de me não ter nobilitada em ti ...
Não me sacode a contrariedade de ...
Nesta época de sóis opacos me haver distraída em ti...

E assim rezava todas as noites a menina se confiando á noite...
E cochichava então sempre a modos de cançãozinha ... assim...

Quero segurar a tua mão
Como o ramo sustenta a folhagem ...
Abeirar me nela em sopro cândido
Como a brisa quentinha areja a tua malha...
Quero te aconchegar no meu ombro
Como o vento estreita a copada ramagem ...
Quero te estreitar nos meus braços
Como a aurora rosada matisa
Envolve as flores dos prados ...
E como a chuva miúdinha gotejando nas vitraças
Quero me em sentença por ti cidada
Em versos rubros e delicados
Em passos leves e açodados
Me balançar num teus beijos
Te enlevar nos céus primeiros
Nos indo em vestes balsâmicas
Sempre e sempre voejando nas sombras da eternidade...

Pois que eu sou a inteligível a toldada
Que se esgueira por caminhos cerrados
A que espreita e se agarra á tua sombra desmaiada ...

E de seguida desfazia se em benzeduras pródigas
Chamando a si Deus e afastando o diabo...

Tuesday, May 05, 2009

Estreitam se pelos caminhos árvores velhinhas que ninguém
Desfragmentei me em mil pedaços
Eclodindo pétalas ... luzes ínfimas
E do tanto que redopiava desoprimido e distinto
Se veio bailando... alado e redondinho
Um astro reluzento ... um primor de Anjinha
Recuando ligeira e em passos pequeninos
Em reverências ágeis e levinhas
Se alongar em leveduras estremas
Em sonos de verões e primaveras profundas
Se celestiando um dia varão...

E nesta ilustração divina
Nestas sortes excelsas de menina
Se aconchegou fiel a semente rosadinha
Num corpo que haveria de ser um dia...o seu...

Esvoaçam pelos céus muitos meninos e meninas
Em procuras ávidas dos ninhos seus...

Monday, May 04, 2009

Há luares na minha aldeia
Toda as noites se joga á adivinha ...
Soltam se Anjos de um lado
Percutem se estrelas e astros em cortesias...

E eu que me estou por aqui perdida
Que me tenho enclausurada nesta vida
Miro com olhar grato...em repouso consentido
As marés a encherem em daimosos carinhos
As areias desertas ...orfãs entrestecidas...

Calam se os ventos neste clarão distinto
E eu me prosto muda em aromas apetecíveis
Deslumbrando me na luz que entre tantos me glorifica...

Há luares proeminentes neste canto da minha vida...

Sunday, May 03, 2009

Viram me nos olhos o desejo aberto
No meu corpo a ferida certa !..

E numa análise do todo
Num rascunho árduo e concreto
Alcancei me em glórias...em aléluias
Na alma ... a decisão correcta!
Me vou nas asas do sono apetrechar me em mistérios...

Me fui em décadas ... em séculos me adivinhando breve
E nos dias ... nos anos afins me apresentei a todos assim
Em cortesias benévolas em dádivas secretas
Para me não desvirtuar nos jardins prometidos
Nos céus e no tanto afim...

Espero que o Grande um dia se lembre de min...
São assim mesmo as coisas que eu descifro...
Estranhezas... tramóias ... fatuidades que censuro
Descortesias que do alto de minha mágoa confesso!

Mas tende paciência que o tempo se apressa ...
E um dia me irei em asas abertas e em testemunhos acesos
Me debilitando coesa em vossa defesa!

Somos todos aros frágéis
Gotas de mar salgado ...
Poluentes!

Me saberei entreter com o Altíssimo em sábios apregoamentos
Pelas crianças pelos velhos pelos fracos que por aqui não têm cabimento!
Raia o sol pela janela fechada
Deslumbra se em ouros escarlates ... em alturas esguias ...
E eu sou o espectro estrelado a aparição desejada
Nesta bola de terras e pós ... esperança ténua e vã
Que nos homens se dilata assim...
Aqueçam as vossas vozes roucas
Arrancai as espadas ...
Os diapasões desafinados de vossas gargantas
Que me chego em branduras e carinhos
Em exames demoradas
A me querer auscultar em vossos peitos
Diligênciamentos ... sombras desvanecidas
Adulcificando as vossas vidas...
Quero ouvir o riso da menina
O estremunhar delicioso do menino
Em pasmos celestes de agradecimento ao Divino...

Tende vos em orações...em cantatas refulgentes
Nesses vossos peitos em vez de traições...
Que este raiozinho de sol que por aqui se estende
Vem trazer a paz...e acabar com a perfídia!

E sobre estas parávolas acordou a população em estranhezas de se terem todos sonhado o mesmo facto e atordoados na razão...
Mistérios brumosos ...
Escritos sagradas precisam se !

Rosas pulposas arejam seus lares em mim
Acheguem se em apontamentos em passos miúdinhos
Em rodas e danças ... esmeros aperfeiçoados !
Que eu sou a cheirosa ... a eleita de meu jardim...
Vai me buscar uma gotinha de orvalho para me refrescar...
Vai ...no caminho desses passos perdidos de quem já só acha o essencial
Vai me no sol buscar me un raio morninho
Nessas vastidões onde já ninguém ousa mandriar...
Vai ...vai por esses caminhos ... por esses mistérios
Te aventurares sózinho a me fazeres o recado...

Saturday, May 02, 2009

Meninas!
Crescem rosas no meu jardim...
Luas em pomares a desenvolverem se assim...
Leves e castas acentoando se em coroas liláses ... parecenças gentís...
Concordam as gentes boas a se achegarem perto delas felizes
E em vermilhões de modestia...em gargalhadas honestas
Se avelutam nelas aquelas cores ...aqueles brilhos amaciando os dias
Amestrando as noites a mais os seus inimigos
Se divulgando em buracos...em esquinas... apregoando virtudes genuínas...

Escutai o meu recado!

Quem um dia se quiser haver em preces e confissões legítimas
Que se ajoelhe a seus pés... e em honras a Maria e a mais o seu Menino
E se divulgue em apuramentos verídicos...
Em disponibilidades infindas ...
Em diligências e estímulos e requintes
Recolhem se em demandas e intercessões
Junto ao Bento altar...
A perdirem pelo velho pelo novo pelo menino...

Ouçam nas !..
Escutai lhes as vozes nas alturas santas
Nas sedutoras varandas do impírio...