páginas brancas

Tuesday, May 19, 2009

Vou vos falar dos poetas dos homens que riem e choram como eu
Suspendendo se em ramagens frágeis alastrando se em cantos emocionantes
Me vou em pregões falar vos desta gente que se entrega em confidencias
A quem os quiserem ouvir em tempos bons em horas mortas
Os amigos os asilados os vadios os marginais...
E cantam lhes a forte gente de longe hinos romances prodígos sem iguais
É a raiz da verdade rompendo o ventre escuro da mentira que sempre falou alta
Em indigações e procuras súbitas...que se não se conforma em ditos baixos...
O poeta é uma criança um rouxinol ... pirilampo entoando se em vibrações austeres
E escutam nos os animaizinhos as meninas os rapazinhos pequenos
Em serenidades e atenções elegantes...
Vou vos contar como se alcançam estas almas nas viagems adiante
Pelos céus e nos nevoeiros mansos ...

Chegam cedo com sacolas de letras esplendidas e brilhantes
E em vôos cintilantes banham se se em aromas ondulantes
Peregrinam nos mares pelos desertos adentro procurando ... achando ... dando ...
E em carinhos se estreiam por dentro das multidões se sonetando
Por de cima das cabeças distraídas que ainda os não vislumbram bem
E por entre rasgos celestiais se detêm em benções e rezas
Entrançando se aos aromas apetecíveis que acorrem e contar lhes seus bens...
Enleiam se aos olhos que de longe os não calculam ainda bem
Avistam nos alguns em finezas a se referenciarem seus íntimos também
E entre míriades de apregoamentos que se já soletram bem
Em benegnidades solenes que a todos sabem bem
Aproximam se em passos lentos aquentando quem os vislumbra bem...

São os pássaros os primeiros a denunciá los
Afinando motes deslumbrando se em dançares célebres
Ressonâncias dos ilustres temas que se declamam por lá ... além ...
E dos céus que os sustêm pingam lágrimas soam risos de encantamentos
E do meio dos terrestre motins se alcançam vozes genuínas
São ecos das árias que os mestres de longe recitam para o povo se estrear bem
E eu que me tenho por vezes perdida... em estranhezas e discordâncias
Eu que me arejo por vezes distraída
Me recolho presa tolhida por dentro dos rumores colhidos
Me alastrando em flutuações serenas me deixando conduzir bem...
Pedras preciosas oiro açafrão mirra
Em arroubamentos famintos em desígnios benignos
Me vou em conversas secretas e amigas
Me ententendo com eles que me já adivinharam bem...
E em vertigens em extases relevantes
Se acolhem neles aqueles que se agravam e se agenciam
Em investigações e que não alcançaram ainda os céus do além...
Sabeis vós que eles chegam das alturas ínfinas
Onde nunca se estreou ninguém?
Chegam em moldes de timidez
Com claridades e brilhos reluzentos
A se mostrarem só a quem os distinguem bem...
Proconizando contendas
Aliviando sentenças com palavras que só eles conhecem bem
E eu que me vivo entre a lua e o céu
Que me faísquei um dia em encontros solene
Sou peregrina celeste com eles por essas nuvens densas
Por este tudo que se agita e se alvoraça aqui em tormentas
E que eu conheço bem...

Mostra te poeta! mostra a tua alma viandante neste lugar que se quer sereno
E que o é teu também!

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