páginas brancas

Thursday, August 26, 2010

Caí de um sino lá do alto a gritar
Fundearam se em mim gritos horrentos a me quererem derrubar
Gelou se me nas veias um soluço de arrepiar
E num turbilhão mum percurso balançado
Ergui me nas pernas em quenturas a me afogar
E então percorri percorri milhas a procurar
Um lugar fresco onde morar
Vieram abutres veio a canalha
A querer ouvir o meu canto o meu doce piar
Porque um choro por vezes mesmo pequeno
Pode parecer a quem o não conhece um lindo manjar
Uma cantilena uma centelha espumada
Onde se põe muito as gentes a averiguar
E essas miadas pequenas esses desabafos amiúdados
Essas dores que mais parecem uma melopeia serena
É um rasgo dorido uma ferida que há muito se deitou cansada
E muita é a gente que a não vê e que todos julgam imaginária
Eu!eu sou aquela que todos arquitectam
Aquela que está mas não está
Aquela que se vê ... aquela que se não acha
Aquela que ama e anda desfarçada
Aquela que anda ... mas que voa a teu lado
Sim!...caí dum campanário lá do cimo lá do alto
Duma esfera redonda de onde escorreguei
E para aqui me vim sem saber nada!
Sou pequena ... miúdinha e ando muito cansada

Olho o céu virgúlo me nos teus passos
Quando quiserdes Senhor me vem cá alcançar
Que a tua pele é mel e o teu fato adoçado!

Caí do alto em requintado disfarce!

Monday, August 16, 2010

Prometeram me uma estrela
Onde um dia haveria de morar
Um lugar sereno um assento ameno
Onde me enterreraria animosa a brotar .
Fui de viagem pelas linhas celestes
Por caminhos escondidos que se davam a espreitar
Dormi enroladinha em colo de pétalas
Que se estendiam amorosas a me enamorarem
Mas o que eu quero é mesmo estender me branda
Naquele saiote além por aqueles luares
Vou viajando assim cravando o meu desejo nos Céus...nos Mares
Porque o luzeiro que há muito me foi pressagiado
Vai se por vezes também no roliçar das ondas a se refrescar

Venham num salto airoso juntar vos ao cortejo
Numa viagem simples e honesta
Para outras redondezas por outros lugares
Um sítio tranquilo recatado e modesto
Onde possamos tu e eu de maõs dadas sonhar

E na largueza do mistério
Por dentro de balões e espirais
Esfumam se pecados e histórias horrendas
Que se vão diluíndo para trás!

Ando á procura da estrela...estrela onde estás?

Viajei lesta e vagarosa por decima de um pé mole
Terra vegetal areia água ... quwe mais...não sei!
Alcancei violetas e as suas cores admiráveis
Levaram me a ver a lua os sóis e os cometas
Que se reposavam das suas viagens colossais!

Procuro a minha estrela
Estrela onde estás?

Saboreei uvas maçãs divinais
Escorreram me na garganta espumas do mel celestial
Eram perfumes desejos ocultando sonhos reais
Delícias aromas paixões gostosas
A se estrearem vagarosas no meu peito enlutado!

Procuro a minha estrela...estrela onde estás?

Todos os dias passa a barca
A cada instante a podemos tomar
Há que estar a jeito
E não nos desinquietarmos em ânsias
De a perder e a não poder apanhar!

Será para a direita para a esquerda
Que se ergue a minha estrela H ?

Diz se que anda...mas não anda!
Voa numa ágil derrapagem
Não é equívoco nem é engano
E nessa desarticulação neste desvio
Surgem emoções estabelecem se contactos!

Estou vendo estou alcançando
A minha estrela...acolá!!!!!!!!!

Das carnes soltam se asas e na mente aguçam se ideais
Transfere se logo a gente dali para outros domínios para outros lugares!
E quem se erguer
Não sente lá em cima a vertigem das terras cá de baixo!

Adensam se os ares por decima e por debaixo nem uma manta alcochoada

Encontrei te minha estrela vou me agora repousar!


E noutras vezes por mares jamais navegados
Vai a jangada elegante a se passear
Esfinge elegante bailarina navegante
Por arrozais e jardins onde os cheiros são tais
Que por momentos inibriam se as mentes em repousos fenomenais!
Dormem se breves sestas acamam se por décadas e séculos
Os mais idos nesta vida real
Esses mesmos que se foram montados nela á procura do idílio ideal!

Eu gosto da minha estrela andante!

Mas assim é que é e não faz mal
Pois que um dia acordarão numa outra órbita numa outra esfera
No meio de turbilhões e enlaces tais
Que acordarão a ouvirem cantar as sereias
A mais as suas melodias ancestrais!

São um regalo e um deleite
Estas marchas nupciais!

Já cheguei!...estou cá!..

-Inaccessible étoile-!

Sunday, August 15, 2010

Venham ... num salto airoso juntar vos ao cortejo
Á viagem simples e honesta de quem procura e investiga
Nas larguezas do mistério um lugar especial
Por dentro de balões e de espirais encetando os céus incobertos
Sempre em desejos e pensamentos em decisões reais
De nos alcançarmos para lá das ambições
De nos agarrarmos á matéria
E num ápice havermo nos despidos desses fardos !

Ando á procura da estrela...estrela onde estás?

Viajei lesta e vagarosa por decima de um pé mole
Alcancei as violetas e as suas cores admiráveis
Levaram me a ver a lua os sóis e os cometas
Que se reposavam das suas viagens colossais!

Procuro a minha estrela
A tal que me foi prometida num Natal!

Saboreei uvas e maçãs divinais
Escorreram me na garganta a espuma do mel celestial
Eram perfumes desejos ocultados sonhos reais
Delícias aromas tais afrouxando a vontade
De me desapossar de tal amigo... de tal montada

Procuro a minha estrela...estrela onde estás?

Todos os dias passa a barca
A todas as horas a podemos tomar
Há que estar a jeito e não se desinquietar em ânsias
De a perder e a não poder apanhar!

Será para a direita para a esquerda?

Diz se que anda...mas não anda!
Voa numa ágil derrapagem
Não é equívoco nem é engano
E nessa desarticulação neste desvio acontece haverem desmaios!

Estou vendo estou alcançando!

Das carnes soltam se asas e nos miolos aguçam se os ideais
Transfere se logo a gente dali para outro reino para outro lugar!
E quem no seu corpo se erguer e quiser descansar
Não sente lá de cima a vertigem das terras cá de baixo!

Adensam se os ares por decima e por debaixo nem uma manta alcochoada

Encontrei te minha estrela vou me agora repousar!


E noutras vezes por mares jamais navegados
Vai a jangada elegante a se passear
Esfinge elegante bailarina navegante
Por arrozais e jardins onde os cheiros são tais
Que por momentos inibriam se as mentes em repousos fenomenais!
Dormem se breves sestas acamam se por décadas e séculos
Os mais idos nesta vida real
E que se foram montados nela á procura do idílio ideal!

Eu gosto da minha estrela molhada!

Mas assim é que é e não faz mal
Pois que um dia acordarão numa outra órbita numa outra esfera
No meio de turbilhões e enlaces tais
Que acordarão a ouvirem cantar as sereias
A mais as suas melodias ancestrais!

São um regalo e um deleite
Estas marchas nupciais!

Já cheguei!...estou cá!..

-Inaccessible étoile-!