páginas brancas

Saturday, October 09, 2010

Oh semiramis minha amada!

Resgatada das feras das trevas encapetadas

OH!Amatis !jorram dos teus cabelas as águas benditas do Eufrates

E da tua cabeleira chega me o cheiro dos campos

E o teu corpo é um poço quente onde brota o leite

Onde vai a garganta e os lábios da terra se saciarem

E onde fui o primeiro ...perdido a te achar!

Tragam as pombas a mais os pássaros que te suavizaram

A fome e a tragédia que carregavas a teu lado!

Saciando te na abundancia de seus ricos manjares

E que destas florestas e destes bosques encantados

Se cheguem a mim as árvores e as suas ramagens tenras

Para que eu possa tocar estes panos e estas vestes primeiras que te adornaram

Vinde a mim num passo de dança, numa reverencia humilde a me cumprimentarem

Que eu sou o Rei dessas verduras destas tenras pastagens

Sim!destas que te viram desnuda caminhando em suas bocas pastosas

Num encantamento súbito onde tudo estagnava

Que se cheguem pois a min a me soletrarem

As curvas das tuas ancas e a brancura das teus braços

Que eu quero saber! que eu quero domesticar esta dor

De te terem visto primeiro arredada de min noutros braços


...E assim esvaziava se num pranto

E num ressentimento amargurado este Rei

Que tudo quisera que tudo tivera ... a não ser

A Raínha pequenina a crescer lhe nos braços!

E era vê la a mais a sua ninhada afeiçoando se á terra mole

Jardins maravilhosos carregados de outros lados

Pois quisera El Rei e mais a sua bondade

Que a sua morena tez e que os seus pequenos passos

Só poisariam nas entranhas mornas e moles

Daquele pedaço de chão longínquo

De onde viera um dia a tal divindade!

E os pássaros que voejavam a seu lado

Eram fadas pombas amestradas

Que cantavam e lhe contavam histórias admiráveis



E conta a gente daquele sítio e daqueles vales

Gerações ancianas da Assíria antiga

E de Ninive que ainda vive no tempo

Mas que há muito foi abolida do mapa

Que morrera um dia a Semiramis seu filho adorado

E numa convulsão súbita e premeditada

Abriram se os portões do Céu

Onde Tamuz subiu ás alturas para reinar!



E por toda á parte por todo o sítio por todo o lugar

Honrou se á Mãe e ao filho nas bençõea por eles trazidas para aquele lugar!



Isso eu sei!

Nisso eu acredito!

Pois que me fui depois também eu

Raínha e Mãe um dia lá nas alturas a seu lado

Hórus meu filho e eu sua Mãe Isis a afamada!



-Au vert paradis des amours enfantines-

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