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Sunday, February 06, 2011

A tristeza tem buracos
Poços de ar horrendos
Correntes amarras gelatinosas
Curvas escorregadias
Onde se perdem as gentes
Os espíritos delicados

Ai a tristeza tem forros enrugados
Desconsolos intermitentes
E quem numa distracção bondosa
Cair nela ás travessas e ás ceguinhas
Que se cale bem calado bem caladinho
Que arraste os seus olhos molhados e limpos
Pelas vestes imaculadas e fresquinhas
Das suas montanhas e colinas
E num esforço arrojado
Se solte dessas funduras dessas terras movediças
Bramindo um canto um hino sustenido
E num abrir de asas num rugido mortal e desconhecido
Arqueje se também num urro brutal e enfurecido
Albarroando o diabo… o Malífico!

Façam... façam isso !!!
E quando virem essa espinha cravada nesse precipício
Nessa fossa dilatada e escorregadia
Soltem se pelos ares leves e ligeirinhos
Varrendo os essas correntes com as vestes enobrecidas
E ide em procissões e cortesias
Pedir ao Benfeitor e ao Altíssimo
As benções que por cá nos são ainda proibidas!

Ide!.. ide irmãos por estes céus acima!

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