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Saturday, August 30, 2008

Mortifique se o corpo!
Desfinhem se as carnes
Tudo...tudo...
Na admoestação estudiosa
Do espírito pequeno...

Ah!fui me definhando
Estalaram se me os ossos
Minguaram se me as carnes
Acendeu se uma luz ... incandescente...

Então é assim...
Tenham se regrados no pasto
Nas guloseima e comeres
Que a alma nossa não requer senão
Muito palavra...muita riqueza...

Rezo me nos dias...
Em abastadas ressonâncias...
Sempre e sempre... em crescendo...
Banhei me nas águas melífluas do céu...
Escorreram lentas...palhinhas tenras...
Gotejando... ébrias... desfalecendo...

Oh!glorioso momento... este...
Ataram se na iluminação... canções frescas...
Soaram refinadas...em alma minha... contente...

Nadei... descoberta...
Nas ilhas inocentes de um abismo desatento...
Ah!que me ia perdendo...
Enamorei me ...ardente...
Num raio culposo de sol que me arrastava para ele...
Deslumbramento fugoso... avistando a fissura inocente...

Ah!...descobriram me silfides soberbas...
Por decima de atalhos incadescendes...
Acolheram me...meigas... as princesas...
No berço deleitoso de seus olhos amenos...

Fui me...na onda oscilante de um relâmpago...
Num véu estremoso de navegante...
Ah!...avoei me em pedaços pequenos...
Revando...atraiçoando me me em denúncias...confidências...
Ah!...pecados... mantos pequenos...
Versejando talentos ... ânimo quente...

Passeei me... desnudada e singela...
Na baínha larga de um lábio estreito...trapézio estonteante...
Entoei me em sorrisos...elocução angélica...

Tudo...num arpejamento leve de um momento...

No sonar caprichoso de um apetite ardente...

Ah! voejei...assim...de repente...

Friday, August 29, 2008

Demoro me na criação... magia...pasmo épico...

Mas o instante não é de quimeras...e...
Atento me...nervosa...desfinhando...corpo aberto...

Aéro me...desatenta...
Neste tanto funesto...
Aborto histórias... malogro me ferida...
Destemperam se ideias...
Dooroso...aflitivo momento ... na espera...

Desvanece se a luz...

Defunto me já... lesta...
Dêem a rosa á menina que sorri...
Em demanda do nada... no eco vazio...
Dêem lha assim ... fresca ... angélica...
Como o vento delicado e morno...
Que se abraça...ligeiro...a ela...

E estendem se...seus... os dedos...
Num resgate amoroso e terno...
E apregoam se... aprimoram se magias e dons...
Afinam se motetes ... aos lábios dela...

E num derrame deleitoso...
Na cogitação súbita da imagem nela...
Num céu apurado e etéreo...
Soltam se risos...alargam se graças ...
Entremeando se com penas... mazelas...

E é no mistério da espécie divina...
Que se ateiam brilhos...incensos...
Na boca...nos olhos da ternura...
Que se aviva logo... singela...

Deleitoso augusto... inocência excelsa ...

Ah!vede!..chilream pássaros... por volta dela....

Tuesday, August 26, 2008

Quis me pequenina...em berço deitada...
Mas a caminha era pequena
E eu...não me servia lá...

Era só para ver se a alguém intrujava
Porque há muito que me falta a carinho
De me não ter embalada...

E todos pensam no mesmo
Mas só eu é que falo...
Porque esta gente crescida
Esta multidão que cursa rápido
E sem olhar para o lado ...
Perde se em ternuras e embalos
Quando é muito amada...

A força está no peito...
Nas sementes de amor...florinhas cheirosas...
Brotando em nossos coraçoes...

E não em outra parte...
Arriva o fim...dia delicerado......
E nos intestinos amanhados
No corpo açoitado
Deslizam suores
Assentam oceanos...
Replicam tempestades...

Enxerguei me nua...arruinada...

Chegou o marido para a noitada...
Abriu se em carinhos
Procurando a sua parte...
Dei lha... um pouco contrariada...
Mas assim é melhor
Pelo menos ele ... assim...
Se rejuvenecerá ... mimoso...
Na lembrança terna e possessiva
De seu corpo...junto ao meu...amansado...

E mais não digo...
Pois não perceberiéis nada...
É fantástica a obra do artista...
A tela...as cores...as tintas...as pinceladas...
Mas ainda é mais extraordinário
O alento...o impulso...
O testemunho alegre e afortunado
De uma alma carente...bordando o seu pedaço...

E depois chegam os músicos com o seus bons pedaços
É carne pastosa e quente a ser modelada...
Ah!essa palavra divina... ondeando por todo o lado...
Esses tons cativos a se estrearem... elogio aprimorado...
Aprovação garbosa de quem se dá em audição apurada...
Num improviso puro e inocente.. a se estrear...
São esfínges celestes... descendo... e tornando a seus lugares...
E no desvanecimente súbito de um acorde...
Na modulação de uma harmonia dolorosa...
Se encostam os sábios...os adestrados a se adivinharem...
E depois... acorrem loguinho os cantores a se afinarem...
E os coros celestes a deslizarem...levinhos em seus despertares...
Ah!e nesse todo...nesse deificar...soam as notinhas todas
As sonâncias ... as melodias auscultando os sonhos
Em festa pungente... se dando a conhecer...
Embrenhando se no auscultar...

Ah!eu sou assim...vim me cedo...
Do ouvido limpo e acrisolado do mar...

Emprenhei me de música...
Neste ir e voltar...

E sabéis...vós...
Que é assim que me vou deixar ficar...
Falta nos um pé
Anda se no outro...
Fecha se um olho
Abre se o outro...
Corta se um braço
Cerca nos o outro...
Arrancam nos uma orelha
Escuta se com a outra...
Crispa se nos uma mão
Pega se com a outra...
Mas se nos fenderem o coração
Ah!se num alcance diabólico e manhoso
Nos delicerarem os olhos...a cara e as mãos...
Este tanto que pernoita dia e noite em nossa agitação
Então tinha razão a pitonisa...no dia de nossa aparição...
Atrelam se os destinos de ums...ás vidas de outros
E por vezes em grande agitação...
E por vezes o prejuízo é irremediável
Se o desgosto for severo...
Contrário á carnadura de nossa constituição...

Já naufraguei em mares agitados...
Já me enauseei...
Fui maruja incompetente em mares avultados
E por esses lados nunca me achei...
Ó marinheira desastrada...vira a quilha do barco...
Ó navegante agoniada...desaparelha a máquina e vem...

Há muito que regressei assim...muito cansada...
Mas nunca ninguém me inspeccionou...e ninguém me acha...
Que me fui uma e me voltei noutra... sem nada...

Se for preciso caminharei numa perna
Se for preciso abraçarei só com um braço
Mas o que eu sei... lacinho apertado...
E que há muito em mim está concertado
É que no meu íntimo...
Alcançarei...avistarei sempre amor....
No sol... as tuas pisadas...

Mesmo sem olhos...sem mãos...assim...sem nada!!!!!!!!!!!
É pela graça do Senhor...
Por seu intermeio...
Que me tenho ainda em pé...inteira...
Mas se por ordem adversa ...
Me abanarem em desfeitas
Me irei tranquila para os lados do Amigo
Daquele Anjo Maior que me carrega leve...
Levinha... em seu colo primeiro...

Logo se verá!
Tendes filhos!!!!!!
Oh!!!!!!!!!!!muito bem!!!!!!!!!!!!!
Tendes filhos!!!!!!!!!!! TODOS CARRASCOS!!!!!!!!!!!
Burros... burros cabisbaixos...
Carreguéis no lombo pesada trouxa...áspera albarda!!!!!!!!!!!!!!

Sim....sim... sois vós...OS Pais!!!!!!!!!!!!

Enfartam se os filhos de bons tratos
Bem feito áqueles que lhos dão assim ...
E no retorno recebe se um coice bem dado
E se na travessura pela boca de um pai...
Pelo rasgo aflito e doloroso de uma mãe
Sair um ai...
Ainda se abanam e se atrevem mais
Em debandadas gratuítas e atrevidas
De quem se acha danificado e daninho...

Mas quando isso acontecer...
O melhor remédio é ter se ainda lesto...
E na carinha rechonchuda do menino
Desfinhar lhe assim...bem a jeitinho
Um par de murros bem afinadinho...
Que há muito... o tenro deveria ter tomado
Por norma e sentença...
Na previsão adequada e certa
De possíveis e tais procedimentos...

Filhos...filhinhos lindos...
Não se cansa a gente de repetir...
E depois é o que se vê!!!!!!
NADA!!!!!

Agora em grandes...
Trop tard!!!
Está feita a asneira!
História irremediável...

Carrega agora a tua cruz!!!
Louca!!!que te oferecestes...
Que te entregaste todinha...inteira!!!!!!!

Sem de ti te teres lembrado!!!!!

Mas também ... quem alcança tal coisa
Quando está apaixonado?
Tendenciei me cedo nas coisas largas...
Em temperamentos soltos e afinados...
E se num embaciado acaso
Tudo se desiquilibra em fracasso...
É em patamares de desânimos
Que me encontra fixada...

Sou a legatária do belo...do senhor abastado...
Das formesuras elegantes e elevadas...
Dos ramos tenros e floridos das árvores...
E quando me tenho assim...enternecida e visionária
Soltam se em meu peito Anjos que me põem a cantar...

Ah! esta generosa vontade que entra por mim
Que se entrenha nas veias e me devassa...
Porque os meus olhos só alcançam o belo...o bravo...
Os meus sentidos divagam por espaços sem dono... sem nada...
E sou então a arquitecta grega...árabe...
Aquela que aqui... não tem a ver com nada...

Amanhei me cedo nestes bosques endemoinhados...
Nestas terras mal amanhadas...
Esbarrei me...frágil...ás leis e contratos...
E nos critérios dos outros me vi logo desachada...

Então foi assim... que me pus a voar....
Já com o sentimento doente...a despovoar...
Com os dedos me deitei logo
A desvendar segredos desterrados...
Alcancei lhes o corpo...amansei lhes a alma
E assim me fui flutuando...leve...para o outro lado...

Hoje... perfilo me nas nuvens...em outros mares...
Sou a vigília atenta...neste espaço a rodar...
Vivo numa vertigem lente e constante...

Assim...sózinha...sem ninguém a meu lado...

Monday, August 25, 2008

Já me viram a chorar?
Pareço om fruto maduro a descarnar...
Há muito me prometi
Não chorar por um nada...

Mas quando ...
Num ardimento desabrido surgem as lágrimas
É sangue...é lava...
É todo um tormento desvairoso
Que rompe e se apega
Ás raízes frágeis de uma qualquer verdade...

Sabem que mais?
Até já nem quero escutar os dizeres fixos e emutáveis
Dos tantos que há muito me queriam encomendar
Em vontades e desejos oblíquos... desvanecidos
De me terem muitas vezes com eles
Aqui...ali...em qualquer lugar...

E se por um extremo acaso brigam em mim as águas...
É em longo cansaço ... porque não foi para isto
Que me vim para aqui morar...
Basta me o céu...as estrelas...as ondas do mar...
As luzinhas que brilham...confiantes... nos olhos dos luares
E o tanto que estremece e se agita sómente
Quando me vêem passar...

Eu não quero ...
Eu não vou mais chorar!!!...
Será assim mesmo
Mas...e se um dia... alguém vai espetar... por maldade
Uma espinha grande neste meu raiar?

O pior de tudo...
É que eu já tenho tão poucas forças para lutar...

Não...não façam isso...por bondade!!!
Cansei me das corridas afadigadas
Que ums dão aos outros... assim...por nada...
E na heróica vez de se abrilhantarem
Na fraqueza do instinto...na maldição do fado...
Bradam ums... doidos...atarentados...
Mas eu...procuro me estar atento e não me amofinar...

Este sossego parado... estagnado em bem aventuranças
E que caminha...navegando no vento... calado....
Se assemelha no todo ao momento tranquilo de um sonho
De que ainda ninguém viu a imagem...

É a forma das ideias e edeais que se estão a acoplar
Assim... sem se darem a ver... sem conversarem...
Na serenidade pura e excelsa de... num silêncio...a se encontrarem...
E de olhos fechados...sem estrebuchar...
Dão se em abraços fugosos...sempre a caminharem...
Porque é na calmaria... nas gentes avisadas e sensatas
Que se dilatam os corpos harmonizados... desembaraçados
Prontos a alagarem se em hinos e tempestades de autenticidades...

Vivemos todos nas barrigas cheias desses espaços intemporais
Nas prorrogações súbitas de uma dúvida...de uma vontade...

Mas eu quero me atenta... e quebrar me pernoitar...
Em pensamentos esperançosos e abonançados...
Que nos encontraremos um dia todos ... felizes...
Sem saber como... de mãos dadas...

Esta sim... é a magia do tempo estudioso
Que passa perpétuamente por muitos...
Que ainda não perceberam nada...

É na ardência subita de um silêncio...de um regalo...
Que se entrelaçam verdades...que surgem as fadas...

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Wednesday, August 20, 2008

Ensinei me a velejar
Nas estreitezas das vidas ... nas avenidas dos mares...
E sempre em cansaços ruidosos me atrevi
A dar me a conhecer me... a dar me a encontrar...

Atontei me a baralhar...a esclarecer me...
Pernoitei tormentosa no esquecimento...
E nas lavaredas desajustadas da sapiência
Me fui escaldando só... em intermitências...
Só na solidão áspera do sofrimento me achei conivente...
No rebuliço torrentoso da dúvida me avistei tórrida e dormente...
Encostei me á paciencia demorosa da ciência...
As asperezas dos desertos...doente...a me calejar...
Ah!ergui me nas vezes .... nas quedas...nos acabamentos...
Mas alevantei me sóbria...destemida dos acontecimentos ...a grangear...
Marulhei me no mar...em ondas grandes e pequenas
E achei me em tons e silêncios brandos e cadentes... muito a talentar...
Quadropeei me ... farejando ... em pesquisas entusiastas e quentes...
E poucas foram as vezes que me dei a olhar...
Viam...diziam... e até me queriam tocar...
Mas eu vim do céu...do lá de cima... do para lá de lá...
E no toque ... no coice...se apurava a revelação...disfarçada...
Ai!foi tanta a gente a me querer experimentar...
As risadas tolas a me quererem conquistar...
Mas eu...que me ainda não conheço...
Não... não me posso ainda dar...
Não me posso ainda entregar...

Ficam então por aí as minhas vestes terrenas ...
Ás noites...aos dias...a secarem...
Um dia um vento as há de levar...

Continuo caminhando por aí...
Sempre e sempre a me contestar
Até um dia...a verdade vir a mim
E enfim me encontrar...

Vou chegar um dia a velhinha
Falando a verdade...
Mas vai ser assim...cochichando...
Debilitando me por ruas e caminhos
Sem ninguém a reparar...

É por isso que o mundo se vai arrastando
Neste dolorido penar...
Porque os novos estão gritando besteiras
E os velhos a renegar ...

Mas como a aragem da vida lhes vai a faltar
Ficam os outros... em alaridos a contestar...

E como as vozes soam firmes e fortes...
Não se ouvem as outras...
Findas...sábias...
Débeis e sensatas a ensinar...

Esperem um pouco...
Num dia destes me irei por aí também... a pregoar...

Sunday, August 17, 2008

Ontem fui feliz...
Pus me a avoar...
Com os pássaros e fadas
Sempre a redopiar...
Encontrei a lua
Evistei o luar
Entreti me neles
Muito a palrrar...
Oh!como é bom
Nestes arredondamentos a demorar...
Leve...tremulezente
Com a alma a aliviar...
Quero me bem-andante...
Alegre até me fartar...
Porque na cabeça da gente
Há sempre tontarias a atentar...
Ontem fui fortunada
Subi aos céus a cantar...
Hoje me tenho ajuízadinha
Para lá poder voltar...

E assim se enriquece a gente...
Neste ir e voltar...
Na adversidade se testam os fracos...
Os fortes...esses...deslumbram se nas verdades...
Nos olhos das gentes a palpitarem...
Nos pequeninos a saltitarem...
Nos doentes a melhorarem...

Ah!essa força que se abre e se estende á vontade
Na autoridade celeste... sem muros para derrubar...
Essa egrégia vontade que se dilata e se aclara
Sem nunca se dar a contestar...
Porque no auge da vontade...
No despontar das auroras avermelhadas
Soltam se essas vagas de bondade...
E em destrezas ensaiadas...em acrobacias arriscadas
Dão se assim...sem em troca...pedirem nada...

Venham a mim essas meninas...esses rapazes...
Essas luzinhas claras que voletam...sem casa...
Acheguem se a mim com mil cuidados
Porque no meu íntimo...ainda não fui estreada...

Ah que se apresse em mim ... essa nobre vontade!...

Friday, August 15, 2008

Tudo vale a pena...
Quase tudo vale a pena...
Os males...as penas...
As alegrias...o aprazimento...
Tudo... á luz adequada e condizente do sol...
Se descifra na gente...
E nas sombras perversas da lua...por vezes...
Tudo na mesma se desdita...

Quando no caminho uma ideia nos alumia
E na sombra..logo algo baixinho em nós cogita...
É o afrouxamento impiedoso do tempo
Que á força recua e nos avisa...
E se no íntimo da gente não habitar a fortuna...
A afinação permanente da balança do entendimento
Então...nessa interlúdio desacordado...
Nessa esfera bicuda e farta
Tudo se desfaz em lascas pequenas e miúdas...
Olhares curiosos e inoportunos...
Estilhaços...farpas que matam a gente...

Mas se por um acaso afortunado ...
Se na coincidência feliz de um dia
Se espalharem em nós raios felizes ...
E se na intersessão das ideias...
No avistar de uma míriade de inventos
Num alcance milimétrico e súbito
De um qualquer descobrimento...
Na descoberta espirituosa e larga de um achado
Então sim... aí residerá a vida...a fita larga e comprida
Dos nossos ditos... feitos e contratos...
Que falam alto e nos rejuvenescem por aí...

Então é assim meus senhores...
Não se distraiam nunca...
Neste tempo irregular que passa...
E que em vós cresce...cresce...
Sem a gente dar por nada...
Onde te fostes amor a deslizar
Por esses céus por esses ventos
A todos te dares a encontrar
E eu sózinha... desachada e em lamento...
Sentadinha...quieta...a te esperar...
Onde te encontras... afeiçoado... a pernoitar
Nessas vielas escondidas
Nalgum amor...nalgum manjar
Esquecido de mim... tua pucela...
Em tua alma secreta sempre a segredar...
E se os meus olhos singelos
Não te conseguem alcançar
É porque amor...
A minha vista...luz trémula
No clarão do dia não te consegue achar
Na roda celeste te enxergar...
No cerco térreo te avistar...
Mas no facho de minha consciencia
No íntimo sereno a declarar se
Eu sei que na iluminação de teus passos
No eco ajuízado da tua prece
Andamos sempre de mãos dadas...
E que se erguem sempre a declamarem
Aquelas rimas...aqueles versos
Que um dia ...num relento nos cantámos...
Por isso diminue...acelera o passo....
Que a mim... nada já se experimenta
Que eu estou em ti...e tu em mim...
Abonançando nos nos caminhos das estrelas...
No encrespamento determinado do mar...

Não te demores amor...
Que te estou a esperar...

Tuesday, August 12, 2008

Vivo numa fatia de paraíso...
Num pedaço de terra que se emprenhou de mim...
Em vestes sublimes ... de tintos prateados me vestiu...assim...
Oh! aurora perfeita que me enfeitas os dias
Sereninho arredondado que me cercas...feliz...
E depois vens tu...ó sol quentinho
Te esfregares...roçando te em mim...
Ai...o meu pequenino pedaço de mundo...
A lasca preciosa que me atirastes...asssim...
E é na soleira da tua porta que me sinto contente...assim...
Nos horizontes carnudos viajam as minhas almas
Aos seios fartos das noites me abotoo...pequenina

E na tontura

Monday, August 11, 2008

já se foi o tudo o que amava
Numa onda brusca a declarar se...
E na dormência mágica e mansa
Do tempo a escorregar
Me fui curando com lágrimas a refrescar...
Não tendes nunca a ilusão ampla
Da eternidade a presentear nos ...
Pois que cada passo que no caminho se alcança
Foge lhe um outro... para a antiguidade...
E no apego das coisas está o engano
Na vez de nos libertarmos...

Já fui mestra no querer...no ter...no alcançar
Nas linhas avessas...arrevesadas da vontade...
Esperneei até obter...aquilo...que não é de ninguém...
O tanto que há por aí a disfarçar
Pois que na realdade são tudo embustes
Ávidos...calorosos e afáveis a experimentar nos...
E um dia detectei me...prisioneira primeira
Na cafua agreste dos tesouros amontoados...
Desengavetei me...brusca...
Para não perder a razão... o juízo...a risada...
Os meus amores celestes já se iam de abalão
Nas curvas estreitas desta vida...de mãos dadas
Sem sequer se voltarem... acenando com a mão...
Eu, que nas minhas as tivera sempre apertadas...
Juntinhas ao coração...
Na ilusão proeminente de aí as ter adereçadas...

Larguei me leste a partir
Em alegre procissão ...já toda despedaçada...
Apelei os com bravura ... num sermão...a cantar...
Pois que também se iam alegres e felizes
No sonho deleitoso de se terem coroados
Da matéria térrea e agreste ... românticos...
Afastando se orgulhosos...fantasiados...

Mas ninguém me ouviu ...
Mas eu olhei... e bem vi...
O Demo...o Lá de Baixo... em carícias...
Puxando os a si... para seu lado...

Não mais posso fazer...
Já me cansei...admoestando o ingrato
Que os leva para longe de mim...
E eles... desgraçados... seguindo o de boa vontade...
E eu coitada...a ajuda é pouca ou nada...
Perdi a voz...estou extenuada...

Resta me a esperança de os ter na abundancia
Um dia...visionários...como me aconteceu a mim...
Infligindo ao infermo uma unhada...uma chapada!

Então boa sorte queridos!
Vós que um dia nascestes de mim
E de Deus...meu aliado!
E Adeus...até á vista...
Que por vós...
Não posso fazer mais nada!
Até á vista!
Lá... na outra morada!!!
Vim das terras das areias...
Das conchas e do mar ... a passear...
Fui e vim num balão de ar...
Num espaço intemporal de um sonho
Que me surgiu assim...num dormitar...
No sol me abrasei sem querer
Sempre a te abraçar...
Numa tormenta alegre
A regalar me...
E depois no mar me gelei todinha
Sempre a brincar...sempre a bailar...
E não avistei nunca o mal a rumorejar...

Cuida te menina...
Que te estão querendo matar...
Nobilita te no bem...
Na sublime arte de amar...
E ordena em ti... o mal a encalhar...

Escuta querida... este meu recado...