páginas brancas

Monday, June 30, 2008

Abrem se claros...alumiados...resplandecentes...
Os céus das minhas viagens...do meu assento...
Volatam mil hinos brilhantes...encadescentes...
Aludem se cantatas heróicas...magentas...
E eu...estremeço...
E tudo ressoa forte
Neste canto da minha cabeça...

Porque eu estou sempre a cavar
Com a minha enxada pequena
Um buraquinho neste céu
Onde me irei um dia soltar...serena...

Já pedi ajuda a muita gente!
Mas que trapalhada essta!
Ninguém aguenta!!!
Abrem se claros...alumiados...os céus...

Volatam mil hinos

Celembram se cantatas heróicas

E eu...estremeço...

E tudo ressoa forte...

Neste canto da minha cabeça

Porque eu estou sempre a cavar

Com a minha enxada pequena

Um buraco neste céu...

Que há de ser também...
Um dia...meu...

Onde me irei um dia deslargar...serena...
Chega o sono...leve pena...
Tudo se desvanece em serenidade amena...
Perde se a razão e o saber
Na noite escura que acontece...
E esvazia se o consciente
E chona a criança em corpo dormente...
Ventilam se propósitos e sermões
No redor da gente...
Mas não há quem os escute...
E o espírito volta puro...
No adormecimento das carnes das gentes...

Rezo... e ajeito me humilde...
Em meu ataúde pequeno...
Chega o sono ...leve pena...
Fecham se os olhos cansados das vestes
Ah!!!doce vaga que chega
Levita um peso que desfalece...
E eu sempre ... na barra da vida..
Presa no motim...
Chamo por mim...por Deus...
Que me leve o penar...
Esta canseira não pára...
Este este tormento não têm fim...
Açoitam me os problemas...as temáticas
Assaltam me ... sem nunca se acharem em mim...
Esta atrito dá cabo de mim...
Mas sabeis...sou de Deus...não do canhim...
Que me tenta e se quer acomodar em mim...
E nestes tempos de descanso...
Nestas horas esponjosas que jorram e incham
Abominam se os demónios por dentro de mim...
Passam se noites em duelos e combates
E nas madrugadas... as lutas ainda não tiveram fim...

Chamei há tempos...legióes de Anjos
Que me tapassem a boca...os olhos...e o nariz...
Pois é pelos sentidos cheios
Que tudo apodrece...dentro de mim...

Ofereci flores...a minha voz a Deus...
Para que me deixasse levitar por momentos...
Nas noites...perto de si...

Fecho os olhos e adormeço
Leve...leve...
A mão estendida e aberta
Para que me leve um pouco
Para junto de si...

Ah!!! agora sim!!!!!!!!!!!!
Passeou se por mim um serafim...

OH!!!beleza sem fim...
Carregando frutos do celeste paraíso...
Dizei me amigo...dizei me...
Onde ides por aí?
Abotoa a tua mão minha
E escuta a encomenda que tenho para ti...
Acode...manifesta te aqui...
Em meus olhos cheios de ti...
Que te levarei á horta pobre dos pequeninos
Á montanha verde dos columbinos que chamam por ti...
Vinde adoçar a boca dos pequeninos

Ah!!!vejam a passearem se dois anjos...
Um das bermas terrestres...outro do Altíssimo...
As asas de Leila são redondas
Bem recheadinhas...são as notas pequeninas
Que a ninfa traz aos cabelos ...á solta ao luar...
Estendem se largas no manto azul
Do redobrar do fogo...ao luar...
Vem...vem...me encantares com o teu tilintar
Vem...achega te a aliviar me...
Acode a adoçar me nesse manto manso
Que canta e ciranda leve...nas costas redondas do céu...
Vem me adormecer neste bocado de mar...
As asas da menina são boas para eu me agarrar...
Ai!!!venham mãos a afagar me
Que me estou desfinhar...

Thursday, June 26, 2008

A vida é uma cela...
Há tecto...chão...paredes...
E só se pode caminhar leve
No exacto momento...
Quando se olha para o céu...
E se observam as estrelas...
Ah!!! que engano este...
Tudo engaiolado...
No recto sentimento...
E depois... há o tudo a mais...
Truques...juguetes...
Para nos entretermos ...
Cobiçam se trapos...momentos...
A vida não é isto...

É o silencio que anda...anda...
É o sonho que resplandece...
É o canto que entontece...
É o sorriso que enternece
É o abraço que aquece...
É o beijo que deleita
O amor que estremece...
As fraquezas dos nossos ... são fáceis de carregar...
Boas de perdoar...
São o espelho da nossa defeito
Coisinha pequena...
Da nossa cobardia!!!
Á dos outros nada é permitido
Actuam os homens assim
Praticando penalidades e leis
Que aos seus são permitidas...
Pois é...
Perdoar ao que é nosso
Não é prodígio divino...
Amar a outro
E quebrar o espelho fatídico...
Isso é obra...sim!!!

Wednesday, June 25, 2008

Caiem... avinhadas...
Estrelas em meu peito carecido e nu......
Oh!!! esplendor admirável
Refrescando a pele fina...
Amornam se em mim
Os astros vindos dali...
Oh! e versejam se contos de outrora...
Cantos solenes que me trazem saudosa...
Sim! vim da luz que um dia se mostrou
Do vento que para aqui me serpenteou
E nesta festa...neste jubiloso prodígio
Me torno á casa que me carregou...
Venham ... venham...
Ensaia se em mim
Esse clarão divino
Que há muito...
Em mim se encetou...

Ah!!!!és tu! festivo momento!!!

Monday, June 23, 2008

No meu coração não cabe mais
Do que aquilo que nele há muito se avultou...
Caiem em mim choros e mentiras
Regozijos e folias
Mas em meu íntimo tudo são sobras...
Tudo são patifarias
Que o meu corpo ferido já suportou...
Agora só me afianço em mim
O tanto que ainda tenho para dar
Ao pobre...ao rico... a quem calhar...
Áquele que se transplantar em mim
E de seu fruto doce me tiver a ofertar...

Agora abafo o desejo...
Amorno a dor...
Resguardo me no silêncio secreto
Disfarço me de boba...

Porque para se estar neste mundo
É preciso aguentar a dor...
Aquela que passa devagar...devagarinho...

Wednesday, June 18, 2008

Ninguém percebe...
Tudo está na ternura...
No feito...no jeito...
No amor ...
Numa palavra que sustente...
Na moderação adequada e consistente
De um abraço...
De um agarrar de mão...

Sim...sim...
É só isto...
Afoufou se no seu colo...tranquila...
E no seu seio... deliberou se lhe a sentença
Que não deveria ser seu para a vida...
AH!!! a vida branda e tranquila ...
Que escorrega em ondas tranquilas...
Como as flores... e as carícias...
E no arrebatamento de um extâse se viu envolvida
Um sussurro pequeno... um decalque leve do entendido ...
E chegou se lhe então ao ouvido...
Eram as passadas irregulares de um coração
Amedrontando se na vida...
E no espírito grandioso que o engolia
Respirava se em seu peito a fadiga...
Um alento temeroso que se estendia...
Ah!!Amor para toda a vida...
Género pequeno...enfraquecido...
E na dor se desfraldou... corajosa...doentia...
A menina doce... que nunca a outro amaria
Porque ela era ampla...desafogada e sorria
Tais os nenúfares que se estendem...consistentes e lisos...
Adubando os astros que se enterneciam...
E ela desfazia se em acrobacias...em insinuações silenciosas
Que o se predilecto nunca entendia...

Levou anos a donzela a lamentar se do sucedido
Mas como poderia ela abarcar a sua alma
Uma chama de tão apoucado pavio?
Incongruência nos destinos...
E dcpois...um dia viria a tempestade
E num ápice...tudo se desvaneceria...
Entregou se aos ventos...ás pétalas das serranias...
Agarrava as saias compridas e desfraldava se em correrias...
E depois...no cansaço da pregação divina
Ausentava se por horas... destes dias...
Falava com o céu e ás estrelas sublimes...
E por vezes derramava se em choros genuínos...
Trocara a carne tenra de sua paixão
Pela matéria divina...
E assim se ficou sempre... por toda a vida...

Isto...porque nunca lhe aparecera no caminho
Amor maior do que o seu...
Nesta terra pequenina...

Sunday, June 15, 2008

No dia em que me idearam
Pouca gente se animou...
Quase não aconteceu nada...
Mas eu... no ventre de minha mãe
Já cantava...rejubilava...
E ouvia... e escutava
O que de muito por aqui se passava
Reminiscencias de outras vidas
Há muito ensaiadas...
E era antes de tudo
A aragem do vento a assobiar
E os cheiros das rosas
E os pássaros a gargantearem...
Ninguém viu...ninguém escutou nada...
Mas eu digo vos que é verdade
Que no dia que me aviaram
Cantaram os Anjos ...
Altearam se alicerces...telhados...
E nas plumas maduras de suas asas
Me fui crescendo para ser prezada...
Me estender feliz...no conforto da dádiva...
Porque o trato foi esse...
Amar sempre... para a eternidade
Mas surgiram ventos...explodiram tempestades
E tudo se desfez ... em chão aziago...
Ataram se nós...
Ampliaram se os cobardes...
Porque nos dias das gentes...
Nesses bons bocados...
Atrapalham se as almas
Na vez de se tocarem...
Mas eu fui valente e atraí olhares
Estendia a face rosada para ser debicada...
E nas tempestades morenas
Foram se desenhando se ensiadas...
Águas mornas... perfumadas...
E assim me foram embalando no jeito
De se terem contentados...
Porque os filhos da gente
São sempre o bom pedaço...
Das vidas ... dos caminhos...
Dos endereços assinalados...

E que nos levam a todo o lado...

Saturday, June 14, 2008

Criou se de pequenina...
A que não tinha ninguém a amar
E soltava se ligeira por dentro das serranias
Ao amor a procurar...
Mas de beijos...só nas trincas
Que aos pessegos se punha a dar...
E no deleito do sumo pelos lábios a escorregar
Esgotava se em queixumes e desleixes
Por aqueles que a não conseguiam ver nem calcular...
Mas o mal não era o dela...
Era antes dos meninos brejeiros
Que nela ... não se seconseguiam albergar por inteiro...
Porque há sempre gente sem poiso nem beira
Que nunca se consegue aconchegar
Nem sementinha...em terra alheia...
Em quente peito...em ardores estimulantes e presenteiros
Que receia a frescura de um fresco leito
Que se arrebenta logo no afago de um primeiro beijo...
E porque os também há...
Que se desmanzelam no encontro primeiro...
E os que não se conseguem entregar por inteiro...
Mas a menina era pequenina... pucela...
E eram estas as originais primaveras
Que a arrebatavam no desejo...
E um dia... desesperada da confiança
Se alvorou a menina
Por caminhos espinhosos e estreitos...
Que se iria fazer monja e a Deus ir se ia devolver
Nas horas primeiras...
Mas no aviamento súbito da ideia
Franqueou se ... estreita... á porta do Mosteiro
Por onde se devolveria ao Senhor... inteira...
Mas voltou se lhe a ideia de novo para o alpe acima
E volveu se lhe na boca ...ainda o manjar fino e jornaleiro...
Dos fios da goma dos figos...o vinho das uvas dianteiras...
E pensou que os abraços...os debiques por que tanto ansiava
Ainda lhe valessem as penas de se ir por ai andando...
Solta e fresca pelo moitedo seco e bravio... sempre...sempre voando...
Dobrou a revesso a ideia prometida e desviou se... desfraldada
Dissolvendo se nas asas amplas e reluzentes
Do seu amor ausente... mas verdadeiro...
Chegam as nuvens leves ...
As plumas macias do céu...
Deambulando nas vezes...
Palavras serenas
Vózinhas amenas...
Chegam altas...
Mas vão descendo... enfraquecendo...lentas...
Sem tremores nem acenos...
Estão á vista de todos...
Ao alcance de uma braçada pequena...
E passam e repassam... na fragilidades do tempo...
Sem ninguém as notar...
Sem nada fazerem...

Não!elas caminham para mim
Volato me em balanços pequenos
E espesso nelas ... assim...
E depois... surge o arrebatamento deleitoso...
Na exorbitância mágica de seus acenos...
São frutos apetecíveis do céu ameno

Pasmos brancos que se afoufam no sentimento...

Friday, June 13, 2008

Chegou me uma conchinha do mar...
Um aluamento divino
Um tesouro escondido
Que se deu a mostrar...
Assomou se assim...repentina...
Num sossego fresco de madrugada...
Menina linda... num embalo celestial...

Alevantei a em meus braços ... e a Deus a jurar
Que me levaria com ela toda a vida
Num amor rico e bonançoso
Sempre e sempre com ela a ensair me...
Se me pedisséis para vos amar
Olhar vos ia a boca vermelha...
Corada dos beijos a outra dados...assim...sem jeito...
E os olhos lassos.. sem brilho...a desbotar...
Do muito esquadrinharem...do pouco me cativares...
Mas...se me calhasse a mim ...
A vez branda de te amar ...
Poupar te ia desses debiques rudes e grosseiros
Que te magoaram as carnes... e te as deixaram tão feias...
Abraçar te ia antes com muita candura e desejo
E os teus olhos redobrariam nos meus em ânsias e empenhos
E teres me ias agarrada a ti... e eu a ti... neste simples jeito...

Assim... redondinha... colando o meu ouvido a teu peito...
Persistei me na vida em trabalhos...
E os meus olhos queseram se abreviar
Em percursos calados por onde outros caminhavam mudos...
Ondolei em ondas...passeei me em mares...
E na terra seca... por decima das crosta vidradas
Recusei me a adiar me...a pernoitar...
Porque os meus olhos são do céu
E a minha cor é a do mar...
E poucos foram os que me atentaram
Viajei sempre só por dentro dos ventos...dos ares...
E na queda descrescente ...airosa... do dia que se abaixava
Palavreei me na demora com os astros...
Ah! se soubésseis o que vi por lá...o que achei e não mostrei por aqui...
Não falei nunca aos demais que moram por cá...
É que os olhos que peregrinam por outras infinidades...
As bocas que foram salpicadas do ouro fino dos astros...
Os lábios que se entreabriram na magnificência da luz arredondada...
Não poderão nunca se manifestarem sóbrios...
Por estas firmezas duras e movediças que aqui se alastram...
Por estas estradas que matam...
Por estes rios enlameados...
Por estas águas sujas... escurecidas... e que tudo emporcalham...
Sim!!! os meus olhos colaram se ao azul extenso de celeste mar
E agora ... neste mundo ... sou uma gazela enjaulada...
Vejo tudo...mas não vislumbro nada!
Só alcanço o bom... na má vontade...
O amor...no jeito desamado
A riqueza... na alma danada...

Voltei limpa...desta minha longa viagem...

Wednesday, June 11, 2008

Nasce se para a vida...para a morte
Nasce se para o tudo e para o nada...
Para o bom e para o mau
Para a terra ou para o mar
Para estabelecer a alma no céu
Cantando alleluias...
Exaltando cantatas...
Desmaiando em luares...

Eu cheguei mansa ... ouvindo cantares...
Assobiando kiryes...tocando fugatas...
Apresentando me pequena...
No limiar da humildade
Ah! e na exultação de meu alento ...soprei ágil...
Teimosei me em notas e abecedários...
E destinei me ao peito das gentes
Que me quisessem amar...
Amem me sim...no meu pranto lento
No entusiasmo terno do meu talento...
E se por um acaso me não aceitarem
Abstraiam se... por debaixo de mim...
Nesta terra quente e fervente
Por dentro destas ardências
Que crestam e ferem a vida da gente...

Porque eu cá sou do céu...
Da luz...
Bruxuleio nas noites de encantar
Nino as criancinhas nos seus berços...
Amplio com beijos...os seus nanares...

Poucos são os que me conhecem...
Quase nenhums ...os que me olharam...
Vivo no jardim divino
Semeado de rosas...
Ali...ali...defronte de vossos olhares...
Adornou se a donzela
Para a seu amor se render ...
Mas o que não sabia ela...
Era que na luz do entardecer
Se extinguiam luzes pequeninas...
Olhos descrescentes... que sua vista não abrangeu...
Num momento proeminente... e que a outra se entregou...
Vede menina o tom desnorteado do caminho...
As árvores desmaiando no teu destino...
E a saia presa ás pernas finas
E a roda vaidosa diminuindo...
Vai menina... o teu fado descobrir...

Cães raivosos mascarados de meninos...
Adúlteros manhosos... tuas portas quererem abrir...

Abranda te doçura... no resguardo manso de um sorriso!...

Sunday, June 08, 2008

Sou pequenina...
Ah! como sou criancinha...
Mas os olhos que abranjo
Arrojam me olhares enormes...ásperos... desapiedados...
E teimam em me dizer que já cresci...
Pois pois...é verdade que neste mundo ambíguo
Ainda me perco nas ideias
Ainda me estrovo nos estatutos
Que se ditam por aqui...
Ah! sim...sou pequenina
Com umas estações boas ampliadas em min
Mas ninguém dá pelas rosas ... pelo cheirinho a jasmim
Que rego em meu peito...e que me trazem por aqui...
Mas há gente que não me deixa passar...assim...sossegadinha...
Perfumada das essencias com que me concebi...
Trovejam sempre recados...deveres...fardos sobre mim
Mas eu faço me ás vezes táo pequenina..sim...
Para me não dar a ver...não me dar a cheirar...a não ouvir...
Porque se me chamam...tudo se desmancha em min...
E ás vezes... até brotam da minha boca estrelas
Que semeei em caminhos...estradas sem fim...
Mas há também gente que as não vê ...
E até as há ...quem me as quer arrancar... num arranque fraudulento e enganoso...

Ah! consta a história que só as criancinhas almejam fadas e querubins...
Mas eu visito as e a eles todas as noites...e até dormem sobre mim...
É por isso que eu vos digo que sou pequenina...
Porque os grandes... não prosam assim...
Quando se tem um punhado de tempo a mais do estabelecido
E mesmo quando tudo é arrevesado á ideia
E tudo se torna se difícil...e até descabido...
A caminhada que há muito se estreou...se afunila ...
E acontece ás vezes ...
Que mais não nos queremos grandes
Eu pertenço a esse punhado de gente cansada
Que mais não se quer comediante... na caminhada ardilosa e subtil...
Pois é... quero me antes assim...pequenina...

Thursday, June 05, 2008

É tão bom meninarmo nos em colos quentes...
Mas quem só sentiu as molestas das tempestades áridas
As gopadas e as guerras por seus corações adentro
Na anunciação de destinos avessos agrestes
Quem se tem aqui no incómodo doloroso de suas penas...
Que procure neste mundo...um cantinho sereno...
Uma voz palpável... sorridente...tesouros quase inexistentes...
E deleite se então na visão celestial do Amor
Que se mostra sempre presente...
Pois é...há gente que encolhe a sua alma
Se esconde e não se Lhe apresenta...
Largai pois as mágoas...
As feridas teimosas que se estendem
E abraçai um pedacinho de céu
Com os vossos olhos...o vosso calor ardente...
Dêem me um sorriso para pintar
Nos verdes dos olhos meus...
E se por um acaso no vosso íntimo
Não vos sentires agradado
Mandar vos ei uma papoila escarlata...
Maçãzinha corada de meu rosto
Para morar em vossos corações...
Pediram me o sol...
Pediram me a chuva
E eu dei o sol e entreguei a chuva...
Para se aquecerem em animação ardente
Para se refrescarem ... deleitosos... nos pingos frescos...
Ah!!!mas na alma adversa á minha minha...
No sentimento audacioso que em mim atenta
Não há sol...não há chuva que aqueça e acalente
Esta tristeza que sobe e alcança
E se enrola a esta mágoa que entristece e adoenta...
Demandaram me há muito os meus sorrisos
Aquelas lufadas de luas cheias
Míriades de carinhos...beijos...

O sol amor... é agora só para mim...
Que me estou fraquinha e indo
Enlevando me sózinha para os abismos
Para o céu... para a terra prometida...
Não queréis homens me seguir...
Que o vosso dia virá...
Caminhando como eu... sózinha...

Eu...por mim... já não me aflijo...
Até vejo pássaros...flores ... e os ramos do arco íris...
Velejando até mim...

Sunday, June 01, 2008

Olham me com curiosidade
Agilisam se intuições e sinais...
Mas eu imunizo me... sossegada...
No amor extremo e cordato
Com que Deus me concebeu...
Olham me com fardo pesado...
Da fundura obscura dos pecados seus...
Mas eu alivio me... sensata
Nas pausas benditas do tempo meu...

Acerram se placas mermoreadas...frias...
Estalos...bofetadas...na testa...nos olhos
Num tanto sem fim...
Mas há muito que me tenho quente
Que me apresentei a Febo...
Em fogos e centelhas divinas me fui iniciada
Envólcro cintilante...resguardo meu...
Pois então... arredem lá de mim essas vistas
Esses intuitos adversos...degradados...desacertos...
E acautelem se na vinda...
Na caminhada branda... até mim...
Bradei aos céus a causa minha...
A fraqueza...o desvairo meu...
E em palavras destemidas
Prodiguei me em exclamações
Agitei me... pura... nestacondição minha
Que em vós sem querer se enleou...
E no doce recheio da alma tranquila
Houvera quem se assustasse...
Acontecera quem se abalou
Do tom dos pergaminhos
Que por minha boca evolou...
Não temeis honrados e ímpios
Esta boca minha
Que já muito beijou...
E se temerdes alguma coisa
Que seja a causa e não a pessoa...
Que se passeia limpa...
Por meio de vós...senhores...