páginas brancas

Friday, June 13, 2008

Persistei me na vida em trabalhos...
E os meus olhos queseram se abreviar
Em percursos calados por onde outros caminhavam mudos...
Ondolei em ondas...passeei me em mares...
E na terra seca... por decima das crosta vidradas
Recusei me a adiar me...a pernoitar...
Porque os meus olhos são do céu
E a minha cor é a do mar...
E poucos foram os que me atentaram
Viajei sempre só por dentro dos ventos...dos ares...
E na queda descrescente ...airosa... do dia que se abaixava
Palavreei me na demora com os astros...
Ah! se soubésseis o que vi por lá...o que achei e não mostrei por aqui...
Não falei nunca aos demais que moram por cá...
É que os olhos que peregrinam por outras infinidades...
As bocas que foram salpicadas do ouro fino dos astros...
Os lábios que se entreabriram na magnificência da luz arredondada...
Não poderão nunca se manifestarem sóbrios...
Por estas firmezas duras e movediças que aqui se alastram...
Por estas estradas que matam...
Por estes rios enlameados...
Por estas águas sujas... escurecidas... e que tudo emporcalham...
Sim!!! os meus olhos colaram se ao azul extenso de celeste mar
E agora ... neste mundo ... sou uma gazela enjaulada...
Vejo tudo...mas não vislumbro nada!
Só alcanço o bom... na má vontade...
O amor...no jeito desamado
A riqueza... na alma danada...

Voltei limpa...desta minha longa viagem...

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