páginas brancas

Sunday, June 08, 2008

Sou pequenina...
Ah! como sou criancinha...
Mas os olhos que abranjo
Arrojam me olhares enormes...ásperos... desapiedados...
E teimam em me dizer que já cresci...
Pois pois...é verdade que neste mundo ambíguo
Ainda me perco nas ideias
Ainda me estrovo nos estatutos
Que se ditam por aqui...
Ah! sim...sou pequenina
Com umas estações boas ampliadas em min
Mas ninguém dá pelas rosas ... pelo cheirinho a jasmim
Que rego em meu peito...e que me trazem por aqui...
Mas há gente que não me deixa passar...assim...sossegadinha...
Perfumada das essencias com que me concebi...
Trovejam sempre recados...deveres...fardos sobre mim
Mas eu faço me ás vezes táo pequenina..sim...
Para me não dar a ver...não me dar a cheirar...a não ouvir...
Porque se me chamam...tudo se desmancha em min...
E ás vezes... até brotam da minha boca estrelas
Que semeei em caminhos...estradas sem fim...
Mas há também gente que as não vê ...
E até as há ...quem me as quer arrancar... num arranque fraudulento e enganoso...

Ah! consta a história que só as criancinhas almejam fadas e querubins...
Mas eu visito as e a eles todas as noites...e até dormem sobre mim...
É por isso que eu vos digo que sou pequenina...
Porque os grandes... não prosam assim...
Quando se tem um punhado de tempo a mais do estabelecido
E mesmo quando tudo é arrevesado á ideia
E tudo se torna se difícil...e até descabido...
A caminhada que há muito se estreou...se afunila ...
E acontece ás vezes ...
Que mais não nos queremos grandes
Eu pertenço a esse punhado de gente cansada
Que mais não se quer comediante... na caminhada ardilosa e subtil...
Pois é... quero me antes assim...pequenina...

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