páginas brancas

Sunday, June 15, 2008

No dia em que me idearam
Pouca gente se animou...
Quase não aconteceu nada...
Mas eu... no ventre de minha mãe
Já cantava...rejubilava...
E ouvia... e escutava
O que de muito por aqui se passava
Reminiscencias de outras vidas
Há muito ensaiadas...
E era antes de tudo
A aragem do vento a assobiar
E os cheiros das rosas
E os pássaros a gargantearem...
Ninguém viu...ninguém escutou nada...
Mas eu digo vos que é verdade
Que no dia que me aviaram
Cantaram os Anjos ...
Altearam se alicerces...telhados...
E nas plumas maduras de suas asas
Me fui crescendo para ser prezada...
Me estender feliz...no conforto da dádiva...
Porque o trato foi esse...
Amar sempre... para a eternidade
Mas surgiram ventos...explodiram tempestades
E tudo se desfez ... em chão aziago...
Ataram se nós...
Ampliaram se os cobardes...
Porque nos dias das gentes...
Nesses bons bocados...
Atrapalham se as almas
Na vez de se tocarem...
Mas eu fui valente e atraí olhares
Estendia a face rosada para ser debicada...
E nas tempestades morenas
Foram se desenhando se ensiadas...
Águas mornas... perfumadas...
E assim me foram embalando no jeito
De se terem contentados...
Porque os filhos da gente
São sempre o bom pedaço...
Das vidas ... dos caminhos...
Dos endereços assinalados...

E que nos levam a todo o lado...

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