páginas brancas

Saturday, June 14, 2008

Criou se de pequenina...
A que não tinha ninguém a amar
E soltava se ligeira por dentro das serranias
Ao amor a procurar...
Mas de beijos...só nas trincas
Que aos pessegos se punha a dar...
E no deleito do sumo pelos lábios a escorregar
Esgotava se em queixumes e desleixes
Por aqueles que a não conseguiam ver nem calcular...
Mas o mal não era o dela...
Era antes dos meninos brejeiros
Que nela ... não se seconseguiam albergar por inteiro...
Porque há sempre gente sem poiso nem beira
Que nunca se consegue aconchegar
Nem sementinha...em terra alheia...
Em quente peito...em ardores estimulantes e presenteiros
Que receia a frescura de um fresco leito
Que se arrebenta logo no afago de um primeiro beijo...
E porque os também há...
Que se desmanzelam no encontro primeiro...
E os que não se conseguem entregar por inteiro...
Mas a menina era pequenina... pucela...
E eram estas as originais primaveras
Que a arrebatavam no desejo...
E um dia... desesperada da confiança
Se alvorou a menina
Por caminhos espinhosos e estreitos...
Que se iria fazer monja e a Deus ir se ia devolver
Nas horas primeiras...
Mas no aviamento súbito da ideia
Franqueou se ... estreita... á porta do Mosteiro
Por onde se devolveria ao Senhor... inteira...
Mas voltou se lhe a ideia de novo para o alpe acima
E volveu se lhe na boca ...ainda o manjar fino e jornaleiro...
Dos fios da goma dos figos...o vinho das uvas dianteiras...
E pensou que os abraços...os debiques por que tanto ansiava
Ainda lhe valessem as penas de se ir por ai andando...
Solta e fresca pelo moitedo seco e bravio... sempre...sempre voando...
Dobrou a revesso a ideia prometida e desviou se... desfraldada
Dissolvendo se nas asas amplas e reluzentes
Do seu amor ausente... mas verdadeiro...

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