páginas brancas

Monday, August 31, 2009

Ouvi passos... risos...sussurros de quem chora baixinho
Lembranças meigas de crianças...comemorações lentas ... fadigas
Demoras nas revigorações de mortes antecedentes...
Tudo foi um achado ... um apóstrofe alienado
Tudo em mãos déspotas emganadas...
Vêm ágéis as consolações a tirarem me as dores do passado
Ouço as ressonancias belas dos acordes a se darem as mãos
Acabaram se as dissonâncias os enganos
Pairam nas planíces ... amparos de mães ...
E eu ... eu ... arpejo me nas flores quentes nos matos densos
Desafogo me já em dormencias que conheci dantes...
Vem..vem...brisa quentinha encher te em meu peito...
Até Bach!
Depois adormeci!
Quando ressuscitar o Mestre...acordem me...
Que me hei de para aqui voltar em preces e requintes de sossego
Por agora...estalou se me a cabeça...quero paz e sossego!!!!!!!!!!!!!!
Passeou se a beleza com a sua rosa na mão
Linda a menina de cabelo loiro
Reflexando o doirado do astro vivendo nas muralhas de lá de cima
Arpejando nos seus olhos palhetinhas de água morna
Mar...encensos benditos nos lábios da moçoila pequenina
E passa na rua a inocente...e passeeia se em passos pequenos
Andamentos vagarosos em arrasto de princezinha...
E todos se pasmam de não a verem perseguida
Ah!é que há uma aragem branca... um vento brando que a escuda ...
Cavaleiro rico protegendo já a sua menina...
Empurrando a leste para a sua casa pequenina...
Porque a menina é pobrezinha e se vai á fonte ... sempre descalcinha
Mas não faz mal...ninguém repara...ninguém abastece nela o seu olhar
E é sempre assim...que se vão as inocentes até ao dia em que a brisa suave
Se der conta de outro terno olhar perdido no terreiro...
E nessa altura estará a moçoila fortalecida...
Saberá a tempo esconder se dos maus e elevar se numa coluna de ar ...em casamento...
Sou o amor partido
Sou o amor remendado
Sou o amor recomendado
Amei te no vazio do nada
Em temperanças gélidas ... desirmanadas
Em fims de tarde rosadas
Em que o teu cheiro me vinha dos aromas do mar
Sou fábula ... conto...ficção inventada
Espiral aérea no braço do tempo que se teve há muito calado ...

Espero te em distâncias adiantadas
Em desacertos poláres
Em tangentes apertadas...

Raia na alvorada o meu samblante embrumado...

Vede...vede amor... essa luz que te olha ...esse brilho a teu lado!!!!!!

Thursday, August 27, 2009

Se eu te tivesse visto há tempos na lonjuras do meu olhar
Ter te ia colhido...singelo ... junto no arrasto perfumado de meu encalço
Se por um acaso neutro me tivesses ouvido por ti a chamar
Nunca te alvitrarias em entoagems de meu parlar
Porque te estavas longe em raciocínios a meditar
Foram as árvores distintas ... primeiro a se soltaram a me mostrarem
O caminho leste e singelo do meu casebre ao teu lar ...
Em remurejares desinquietos e o vento nas costas a soprar
E tudo isto foi um dia contado
Porque um dia uma mulher amargurada seguiu o cheiro de seu amor
Que se havera partido em delongas de não voltar...

Até porque são sempres as donas a persseguirem seus pares
Em afoitos et cadencias elegantes até se deleitarem a seu lado
Não é em vão que assim seja pois que são elas da terra...as ternas madres...
Não conheço a culpa
Únicamente esta vontade de me alar de quem um dia me amou
E se por um triste improsivo o amor em min se não decalcou
Votar me ei em núpcias para ao pé de meu tutor...

Wednesday, August 26, 2009

Sentei me e vi...minha afeição a passar...
É o meu amor aquele corpo ...
Aquela massa no horizonte a deambular...
Sonhei e descobri outra a segurar lhe o lábio aberto
Boca felina a uivar...
E eu de longe ... aqui deste lugar me fiquei em ânsias a desejar
Que se voltasse para mim ... aquele estranho olhar
Aquela veste singela que se escondia a naufragar
Porque era para mim aquele grito aquela alma a suspirar...
Nunca se voltou a passar se no meu lugar
Nunca mais o vento se abrandou nesse destino
Onde sempre me tive em esperas... em suposições a idear
Disseram me há tempos que mais vale assim
Pois que os nossos olhos ... a nossa vontade muito se intercalam em ciladas
Pois é ... eu sei...mas como sou teimosa e terna
E me sonho ainda com aquela sombra fugaz que me deslizava sem me espreitar
Pode até ser que isto tudo na terra não seja mais que uma ilusão
E que um dia nas estrelas lá do céu me encontre com a bruma cadente
Que se prazeava lá longe na escuridão a divagar ...

Veremos!!!!!!!!!!!!
Viajam as mulheres nos seus vestidos
Balóes ágeis ... amplos ...destemidos...
E nas transparências assiste se á dança do lince
Espreitando a presa ... engaiolada e exigida
Mulheres de calças justinhas arremessam se todas esguias
P'los olhos adentro do crime...
Mulheres de blusas apertadinhas
Juntando quase em dor as suas maminhas
Sulcam a passada larga e estrada comprida
Mulher que escolhe se assinala e se designa
É presa barata...improviso fingido na mão do iníquo...

Enrola a trança...puxa a saia desfaz as mamas e anda ... anda...
No cortejo das donzelas ... das infantas .

Em tudo há uma razão...um entendimento que chegará no recobro da ilusão!



É o primitivismo do bicho ... a corte do animal se agachando...

Tuesday, August 25, 2009

Na rua fria há gatos enraivecidos
Gritam lhes alto ... afligem os filhinhos
E neste antro aflitivo
Nunca ninguém entendeu os bichinhos
Nunca lhes estenderam migalhas... sopinhas
E então não se queixem os lobos ...
Destas ovelhas perdidas a lamber lhe as feridas
PastO ressequido que se alterneia em suplicações!

Eu vi...estendi o prato...dei e parti!
Sacudi te nem árvore madura
No jeito do nosso amor ...
Cortejaram me abraços e beijos
Desnudei me em mares sem fundos...
Perdi pé...afoguei me em tremuras
Me trouxeram as marés ás areias
Em blandícies e branduras
Tornei me açucena branda
Na ribeira do teu jardim...
E tu que me deixastes escapulir assim
Nunca mais te viestes em braços a nadares
Naquelas águas que foram tuas...
Triste compadeces em olhares e ponderação
Na vigia da flor branquinha
Que de longe te mimoseia em suaves aluciinações...

E nunca suspeitou o donzel que a sua noiva já velhinha
O mirava todo enroladinho se abeirando a ela no ninho
No meio da erva daninha a poisar a cabecinha na nudez do caminho
Seguindo o sempre em suave procissão!
Vou embrulhar a neve num pacote de algodão fino
Para que se não derreta a cor nesse melado fresco
Que tanto alegra e anima o menino que sonha com as espumas das montanhas findas...
Vou envolver a cerejinha num pano seco e limpo
Para que não lhe fuja a cor ao ser entregue em presente
À criançada que não suspeita da Primavera que as carrega assim...
Vou me enlençar a jeito de princesa e fada madrinha
Para poder em grandes jeitos balançar nos meus braços
E bem pertinho do meu peito os bébés do mundo que procuram mãe
E num troço de pessegueiro num arco abastado e cheio
Me irei pelos ares chovendo ternuras e beijos em cheirinhos no teu jardim...

Me irei voletando...me serpenteando sempre assim!!!!!!!
Dizem me terem visto em sítio certo
Dizem me terem alcançado a vista
Como se eu tivesse poiso...como se eu morasse aqui...
Pois acautelai vos que o que por aí vedes é o meu espectro empobrecido
Vede me a cara os olhos o nariz e toda a roupagem que cobre a minha oassatura fina
Privilégio aquele que souber ajustar o meu perfil ao seu
Em amabilidades e agudezas de meter inveja... e num arremesso me levar consigo


Dizem me gorda inchada pançuda com pelo ... cotão ... gume...
Poucos são os honrados os sortudos que por debaixo da aparencia
Me moralizam sua...a gorda...a quadrada...a pançuda!!!!
E que Deus nos resguarde a todos de nos termos linguareiros e em motes sujos
Na reverencia do próximo que lá no alto tem os seus eleitos...
Vou me calar ...falar baixinho...não...calar me e ser boazinho...
Não sei mei amor ... se foi a vida que nasceu em min
Se foi a vida que nasceu de ti ...
Volteei me em sarabandas ... em gigas dançantes
Em ânsias do par de meu bem ...
E se no instante te não vi te não encontrei
Foi porque no alvorizar do tempo
Te ias em fugas maravilhado...inconsciente...
Em buscas incessantes na procura de alguém...
Foi num testemunho recto em alegrias justificadas
Que um dia me descobristes em ti...e tu em mim ...
No alto em dimemsões propositadas
Ema morando te já de min...
Sou aquela que o tempo esponjou
Que a aurora dilatou
Que o escárnio intimidou
Que a violência assustou...
Ah!vem meu amor eternizar te
Nestes braços ... neste colo salpidadinho de alecrim !

Friday, August 21, 2009

Vivo num penhasco num tempo perdido
Ocultam se me as horas ... os dias
Sou sombra ... enfeite...difarce escondido
Releguei me para estes céus há muito constrangida
Sou a língua húmida que refresca os dias
Me tenho sentada numa esfera colossal...desmedida
Por decima das montanhas das árvores...das ilhas...
Sou grão poeira palhetada de rosinhas
Espnjando os desgostos lambendo feridas...

Vi te passar por min...assim sustenido
Quis me baixar para te alevantar comigo
Não te insuflaste porém no mesmo átomo amigo ...

Ficam agora as minhas mãos cá por baixo bem estendidas
Para no turno seguinte as poderes cheiras e te veres se são as minhas...

E por lá me assevero e me distraio em cantigas
Até ao dia em que me descubras assim...já tão velhinha!

Tuesday, August 18, 2009

Veio...veio de manso o terno menino
De longe ... de céu...de uma manga há muito escondida
Se veio em pézinhos mansos em toms amolecidos apalpando caminho...
Tão pequeno o torrão a desfazer se por um atalho vizinho...
Ninguém o viu...só eu...no meu jogo activo...
Sentei o em meu cola a jogar á adivinha
Sibilaram se cochichos...antigos ritos...
Olhou me ne seu jeito em procuras infinitas
Dei lhe os meus olhos a cheirar a lamber me a ferida
Em assomos prudentes perguntei por debilidades há muito acometidas
Se foram a bailar...contentes...em dias felizes...

Me tive alegre e de novo perdida...

Monday, August 17, 2009

Eu sou aquela a coisa nova a estrear
Colcha lavada...passada...recosida...
Eu sou aquela que um dia se veio a nanar
No escuro da noite na finura de um dia
Eu sou aquela que me pus a andar
Nas estradas de um mar nas ondas de uma vila
Eu sou aquela que tudo haveria de mirar
O sol a chuva o roto da vida
Eu sou aquela que me fui entregar
Ao bandido ao ladrão ao pulha do vizinho
Eu sou aquela que me vim despejar
Na bafagems das ruas nas asperezas das esquinas
Eu sou aquela de olho tolhido
Envejando a oiro e a prata ressequida
Eu sou aquela de cabelo negro e da face escondida
A raiva solta nas vísceras apodrecidas !

Poupou me o Diabo ... para me ter entre vós erguida
Nos salões nos bailes nas cortes instituídas!

Sou a desgraça ... a morte encrespando as trevas proíbidas!!!

Eu sou aquela...de há muito do Reino ... a demitida!!!!!!!!!!!!!
Acendeu se uma luz...uma ténua chama a brilhar
Nos céus ofuscos e negros de tanto procurar
Relampejou se de súbito numa nesga redondinha
Um nome ... uma aquarela ... um esboço pequenino...
Do peito soltaram se brisas ... daquelas que há muito
Em sonolencias se já tinham em tempos distraídas
Lufadas brandas murmuros pequeninos
Que ne dobra do foco se alevantou devagarinho...
Sossegaram no espaço as rolas em voos achatados
Amudaram se nos ninhos os pequerruchos em sonares
E o sol de tão leste ... se já para lá se ia
Para numa convulção refulgenta
Se ter comigo em pesquisas e descobrimentos...
Calçou se o silencio no apaziguamento da agonia
As letras a esvoaçarem pelos esconderijos
Um nome...não...talvez um pergaminho
Copioso...abastado de outros tempos antigos...
Leu a menina as palavras ... as rimas ... que tão bem lhe íam
Mas o sol foi se recuando aferventado, arruinoso...descabido
E na noite que se já enterdecia ficou se pois a donzela
Assentada de mãos cruzadas na rocha dura e fria
Em esperas proteladas que mais não se acometiam...
Valera lhe a luz a clareza o vislumbro célere de uma escrita
Fora se em canticos a pregoar á alma sua vizinha
A estreia apoucada a que no coração de outro há muito se tinha
Em lamúrias e choros que a estonteciam...
E tudo por causa de um amor que não fora o dela
Por falha de um dia...

Mas ela ainda espera...espera...já enraivecida!
A
Por décadas com ela se tinham entretidos...

Sunday, August 09, 2009

Na esquina da rua do lado
Mora uma gente ... assim assado...
Dormem num cotovelo pisado
Em passeio feio e esburacado
Mas que nunca se nega a eles
Nas idas e voltas amansadas...

Nunca ninguém se magoou
No buraco fundo e fino
Onde se esconde a brisa fria
Nessas noites de amor ... que lhes sabe bem...
E no cotovelo fino...no braço gélido e cansado
Encaracolam se dois nacos de carne apodrecidos
Duas bocas desdentadas que se já aprenderam a não se rirem
Perante o gozo a desfeita dessas gentes desatreladas
Porque no gozo do outro atrevessam o mistério...a adivinha
De se já terem um no outro encontrado...
Nõ interessa a meia furada...não interessa a pele engelhada
No peito a carne é fresca...vermelha...
Como á dos tantos que lhes soltam risadas de desprezo
Nas noites nos bancos desirmanados...
Gostam os homens das pérolas mais lindas
Das bolas grandes que abrilhentam na mão
Mas vos digo eu menina
Que me quero antes uma flor na mão...
Salvei me por un triz
Por uma ponta de lembrança
Recados gordos e antigos
Que na hora me fitaram bem...

Ai! esta paz ... que se assentou a me acenar!!!!!!!!!
Monte branco ... asas erguidas
Colcha flutuante ... sonho sublime
Nasceu um príncipe num reino d'Além
Vai a fragata em luas acudir a seu bem...

Mar...ventre de mãe
Aconchego pequenino
Embalo ... carinho...
Que todos aprovam bem...

Luz...brilhante alumiando bem
Aconchego de olhos teus
Em encostos que sabem bem...

E assim murmurava a donzela em serenos de cantares ...
Coisas belas...pequeninas... que todos aplaudiam a escutar
E assim se confessava a saudosa em prantos delicados
A Deus que a entendia tão bem!