páginas brancas

Monday, August 17, 2009

Eu sou aquela a coisa nova a estrear
Colcha lavada...passada...recosida...
Eu sou aquela que um dia se veio a nanar
No escuro da noite na finura de um dia
Eu sou aquela que me pus a andar
Nas estradas de um mar nas ondas de uma vila
Eu sou aquela que tudo haveria de mirar
O sol a chuva o roto da vida
Eu sou aquela que me fui entregar
Ao bandido ao ladrão ao pulha do vizinho
Eu sou aquela que me vim despejar
Na bafagems das ruas nas asperezas das esquinas
Eu sou aquela de olho tolhido
Envejando a oiro e a prata ressequida
Eu sou aquela de cabelo negro e da face escondida
A raiva solta nas vísceras apodrecidas !

Poupou me o Diabo ... para me ter entre vós erguida
Nos salões nos bailes nas cortes instituídas!

Sou a desgraça ... a morte encrespando as trevas proíbidas!!!

Eu sou aquela...de há muito do Reino ... a demitida!!!!!!!!!!!!!

0 Comments:

Post a Comment

<< Home