páginas brancas

Monday, August 17, 2009

Acendeu se uma luz...uma ténua chama a brilhar
Nos céus ofuscos e negros de tanto procurar
Relampejou se de súbito numa nesga redondinha
Um nome ... uma aquarela ... um esboço pequenino...
Do peito soltaram se brisas ... daquelas que há muito
Em sonolencias se já tinham em tempos distraídas
Lufadas brandas murmuros pequeninos
Que ne dobra do foco se alevantou devagarinho...
Sossegaram no espaço as rolas em voos achatados
Amudaram se nos ninhos os pequerruchos em sonares
E o sol de tão leste ... se já para lá se ia
Para numa convulção refulgenta
Se ter comigo em pesquisas e descobrimentos...
Calçou se o silencio no apaziguamento da agonia
As letras a esvoaçarem pelos esconderijos
Um nome...não...talvez um pergaminho
Copioso...abastado de outros tempos antigos...
Leu a menina as palavras ... as rimas ... que tão bem lhe íam
Mas o sol foi se recuando aferventado, arruinoso...descabido
E na noite que se já enterdecia ficou se pois a donzela
Assentada de mãos cruzadas na rocha dura e fria
Em esperas proteladas que mais não se acometiam...
Valera lhe a luz a clareza o vislumbro célere de uma escrita
Fora se em canticos a pregoar á alma sua vizinha
A estreia apoucada a que no coração de outro há muito se tinha
Em lamúrias e choros que a estonteciam...
E tudo por causa de um amor que não fora o dela
Por falha de um dia...

Mas ela ainda espera...espera...já enraivecida!
A
Por décadas com ela se tinham entretidos...

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