páginas brancas

Sunday, August 09, 2009

Na esquina da rua do lado
Mora uma gente ... assim assado...
Dormem num cotovelo pisado
Em passeio feio e esburacado
Mas que nunca se nega a eles
Nas idas e voltas amansadas...

Nunca ninguém se magoou
No buraco fundo e fino
Onde se esconde a brisa fria
Nessas noites de amor ... que lhes sabe bem...
E no cotovelo fino...no braço gélido e cansado
Encaracolam se dois nacos de carne apodrecidos
Duas bocas desdentadas que se já aprenderam a não se rirem
Perante o gozo a desfeita dessas gentes desatreladas
Porque no gozo do outro atrevessam o mistério...a adivinha
De se já terem um no outro encontrado...
Nõ interessa a meia furada...não interessa a pele engelhada
No peito a carne é fresca...vermelha...
Como á dos tantos que lhes soltam risadas de desprezo
Nas noites nos bancos desirmanados...

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