páginas brancas

Tuesday, August 26, 2008

É fantástica a obra do artista...
A tela...as cores...as tintas...as pinceladas...
Mas ainda é mais extraordinário
O alento...o impulso...
O testemunho alegre e afortunado
De uma alma carente...bordando o seu pedaço...

E depois chegam os músicos com o seus bons pedaços
É carne pastosa e quente a ser modelada...
Ah!essa palavra divina... ondeando por todo o lado...
Esses tons cativos a se estrearem... elogio aprimorado...
Aprovação garbosa de quem se dá em audição apurada...
Num improviso puro e inocente.. a se estrear...
São esfínges celestes... descendo... e tornando a seus lugares...
E no desvanecimente súbito de um acorde...
Na modulação de uma harmonia dolorosa...
Se encostam os sábios...os adestrados a se adivinharem...
E depois... acorrem loguinho os cantores a se afinarem...
E os coros celestes a deslizarem...levinhos em seus despertares...
Ah!e nesse todo...nesse deificar...soam as notinhas todas
As sonâncias ... as melodias auscultando os sonhos
Em festa pungente... se dando a conhecer...
Embrenhando se no auscultar...

Ah!eu sou assim...vim me cedo...
Do ouvido limpo e acrisolado do mar...

Emprenhei me de música...
Neste ir e voltar...

E sabéis...vós...
Que é assim que me vou deixar ficar...

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