páginas brancas

Monday, October 09, 2006

Enleou se o perfume do amor
Nos sentidos frágeis puros de menina
E em cima de si para sempre perduraram
Aqueles olhos negros que um dia...fugidios...
Em si lhe adivinhavam...boas...as carícias...
E numa esmerada espera se deteve o menino
Que jamais para outra olhara
Senão na procura da alva frecura...
Daquela que um dia seu olhar avistara...
E passaram se anos e a menina chegou
Esbelta e luzidia para os braços
Do menino que em si a esculpira...
E nos olhos... só lhe via marés
Nos cabelos... tempestades
E as mãos desejadas...fechadas...
E o corpo trancado...não o queria...
E desvaneceu se o jovem em loucuras
Arremeteu se em bosques...enlutado...
Não soubera ele... na espera da donzela
A ele prometida...tão desejada...
Que a outro amava e o não queria...
Enrijeçara se lhe...á donzela a vontade de fugir
E na noite da entrega... dele se deslaçou
Pisando o corpo do outro que tanto procurou
E que ao outro enlutou...
E foi se o mancebo desvanecido
Prantear se...enfermiço...
E do tanto que a queria
Abriu lhe as portas da cela
Deixando a correr
Para os braços de quem ela queria...


Muito se disse na aldeia da traição consumida...mas o menino castigava quem de sua boca ouvisse querendo castigar a menina... que um dia seus olhos viram...

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