páginas brancas

Friday, April 03, 2009

Apressam me o passo ...
Arriscam se a perderem me na terra ...
Porque é nas nuvens que eu galopo em redundâncias tremendas
Em vôos magníficos em que me nunca dei a espreitar aqui na terra ...
Me querem penhorar a alma nestas palestras
Nestes sermões caprichososos onde se pavaneiam
A se desvendarem vaidosos e deshonestos
Ai!.. que me não chamem! me não me interpelem!
Porque eu ... já cá não estou ...
E tudo sobeja em restos apodrecidos...farelos...
Caiem farrapos de cal ... soltam se pedras ...
Desabam sismos por de cima da minha cabeça
Mas me não estou mais cá...me fui há muito com os Elfos
Com as fadas desconhecidas destes homens rijos
Que nunca deram por elas ...

Me não registem nas vossas palavras dialécticas
Que as minhas ... há muito me foram purgadas... esticadas... pintadas celestes
Todas desconhecidas desta humanidade
Que me olha me estuda e nada percebe ...
Me vivo em desassossegos e contrariedades cruéis...

Por isso me não nomeiem em vossas bocas ...
Em vossos corpos atrofiados ...
Porque eu me estou aqui ... quieta...

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