páginas brancas

Friday, April 27, 2007

Se os teus olhos pudessem ver
Aquilo que em mim sustento
E o tanto que em nós teima
E o tanto que em mim condenas...
São auras quentes que te mando...
Esse ventinho ... esse sopro...
E os rumores que te chegam ... essas levezas...
Amornando o teu ser... esticam se... lânguidas...
E no caminho... visitando te...
Esquadrinham... corajosos... um pedacinho teu...
E lá se deitam... estendendo se... mansos...
E se me viessem demandar
Aquilo que em ti pretendo
Terias me por terno... amoroso e atento...
Na bemquerença que em ti repousa... contente...
E na vista das rosas que te aceno...
Senhora... para mim te virarias
E pedaços de ti me chegariam
Bolinhas mornas que me deleitariam...
No abrigo do meu propósito sereno...
E é pois em almíscaras delicadas que me afirmo
Corajoso... na definição sublime de um teu despertar...
E me aquieto sózinho... esperançoso ...
Vem... minha alminha pequenina
No meu ombro te fechares...
E na titubiante oscilação tua...
Na guarda duvidosa de meus intentos
Repousa... segura... confiante... contente...
Neste pedacinho de braço meu...
E no adiantamento da miragem
Corre... corre amor...
Te assentares no colo meu...
E nas formas cheirosas dos beijos
Enleiando com bravura o corpo teu
Que te fiquem coroas... esplendores de reis...
Grinaldas pequeninas nos cabelos finos
Pedrarias... são jóias preciosas... essas que te mando...
Pois que a afeição que te tenho... amor...
É a luz de Nosso Senhor
Resplandescendo sobre os olhos teus...
Ouve... ouve ... Menina...
O Canto meu....

0 Comments:

Post a Comment

<< Home