páginas brancas

Tuesday, July 08, 2008

Deita se o homem na sua cama...
Estica se a vontade...
Arredondam se as costas cansadas...
E procura se no leito... o dia premiado...
Um sono abonançado...
Mas há quem não se ajeite neste mandato
Neste manto moroso...onde mora a saudade...
E se tenha ...na vez... afligido e dobrado...

Pobres homens...
Coitadas mulheres
Que gemem nas noites naufragadas...
E reza se baixinho aos Anjos
Que nos venham ajudar
Com os seus cheiros a canela e mais o seu melado...
Mas nem assim repousam as gentes de bem
Que na dureza se esfolam a trabalhar...
Que na recolhida casa esfregam ... lavam... cozem e repassam...
Ai!!!!que desatino este de... na noite enlutada...
Os olhos não viajarem nunca para o outro lado...
E a voz ficar assim colada...
E as palavras não poderem voar... a serem abençoadas...
Parca esperança essa de nos vermos enlevados
Por decima da cidade... das casas e telhados
E o dia a fazer se anunciado... com os olhinhos sempre a brilhar...
Ah!!!!!e depois vem o desespero de quem se levanta a desfalecer...
E as horas tristes... de quem não se encostou á tenuidade do tempo que passa...
E por vezes esperam se eternidades para que o cálculo desfaleça e o corpo se desfaça
Porque...só deleitados num arrebatamento doce e cuidado
Poderá a gente acordar serena...e prontinha a trabalhar...

Eu cá por mim...
Peço sempre a Nosso Senhor
Que me tenha no sono...abençoada...

0 Comments:

Post a Comment

<< Home