páginas brancas

Sunday, October 19, 2008

O que se escreve não é nada...
Um pedaço de tinta... em papel riscado...
A palavra sim... é abençoada...
Não precisa de rescunhos nem de alinhavos...
É cheia de vida... de ritmos acertados...
É o reflexo sereno... de quem se dita contente ou danado...
E depois... há aquela sonoridade que esclarece ou abafa
E no corpo... da gente a alma estremece ou se agacha...
E no desenvolvimento do apregoado se apegam as letras
Na alma da gente que se alivia e se dilata...
Estremeço aflita... diluiu me calada
Na profusão correcta ou inadequada da palavra

Conheçi as um dia... pesavam toneladas...
E nunca poderam ser rasgadas...
Ficaram me para o sempre no íntimo
Em soluços débeis... a trepidarem...

E o pior ... é que nunca ninguém as viu...
No meu peito magoada...

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