páginas brancas

Sunday, October 19, 2008

Verdejo me constante por caminhos ambíguos
Por onde não encontro ninguém
Sáo trilhos soltos por aí...saias rodadas...amplas
E no ventar alegre de suas falas mansas
Ouço me a chamarem me a juntar me á dança...
Mas me fico sózinha...falante
Em murmurios baixos e replicantes
Porque ninguém se atreve a se atentar comigo
Nestas visitas regenerantes...
Que tomam por embuscadas...
Fiz convites a doutos e magistrados
Mas no desprezilho da oferta me vi rejeitada
Fui ter com gente abastada...vi riquezas e faustos
Mas também me largaram ... aviltada...
Fui buscar os mansos...os ignorados...
Seguiram me alegres e em gordas risadas...
Provoquei neles a abastança há muito requisitada
E em chamas crepidantes os tive logo a meu lado...
Nos fomos caminhando pelos prados e flores escarlates
E nun súbito clarão fumejante os vi logo esperançados
Eram os meninos que á casa regressavam...
Pernoitámos por tempos e séculos...do outro lado...
Até que um dia fomos de novo chamados...
Mas alcançámo nos na terra com outras vistas...outros olhares
E na vez das vestes desprezíveis ostentávamos rendas...bordados...

Não no corpo da gente...
Mas aqui...dentro do alçapão
Onde há muito... nos tinham trancado!...

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