páginas brancas

Thursday, October 16, 2008

Trapezei me em colinas...
Vistas lindas dos cametas distantes...
Estonteantes viagems as minhas...
Numa mão preciosa e larga ...
Que me carregou alegre e ágil
Por léguas e milhas distantes...

Nas velas dos moínhos me estacionei ...
Regozijos antigos... miragens divinas...
Do tanto que me falta...e que antes tinha sonado...

E no gotejar árduo da pena minha...
Ninguém me distinguiu... ávida...
Nas idas e nas vindas densas
E que no antigo tempo me tinha abastada...
No deleito amoroso de quem no seu íntimo nunca me contestava...
Daqueles que nunca hesitavam em abrir janelas e portadas
E se entregavam alegres na minha graça...
Redobrando os hinos e as cantatas nas estrelas de meu condado
Nos lábios saudosos e carnudos da minha arte
Soando harmonias de estrelas e dos seus sonares...
Por dentro de minha aptidão... desses meus despertares
Que a todos na alma deambulabam... velejantes e aéreos...

Derreteu se... súbito... numa pegada menos acautelada
Numa vertigem soletrada e imensurável...
Num uivo doloroso e calado...
O passo leste e grado daquele que corre e nãose acha
Do amante que persegue tenazmente a fugidia amada
Do sol que se aquece e enluta as ninhadas
Daquele que se estuda e em inarmonias se acaba...
Daquele que se estreia novo e morre enrrugado...

Fui me dando a outros a partilhar a carga...
Mas a luz minha... lenta...nos outros já se apagava...
Pois é ...poucos são os que se esclarecem no calvário
No sofrimentro do outro... e lhe carregam a pesado fardo...
Mas ainda tenho os céus...as estrelas e seus tilintares
As catedrais doiradas de rendas bordejadas
Os mosteiros abobadados e suas gentes a rezarem
E o astro reluzento que se encosta no meu colo e dorme calado...
E depois...os pássaros que não páram de chilrearem...
Canticos estremosos e que me surpreendem
E até me põem a chorar...

Aconteceminto rápido...
Num sofrimento recatado e gelado...

Coitado de quem se ergue em dias desesperados...
De quem não alcança nunca o idílio sonhado
O de se debruçar sóbrio do alto de um penhasco...
De se deixar escorregar ofegante...
Elegante em notas e coros afinados ...
Porque foi o amor que me faltou...num dia de madrugada...
E num sopro desarrumado me apanhou o Selvagem
Mortificando me a mão e o braço...
E resta me apenas a uma alma danificada
A agarrar tenazmente se ás bailarinas sonhadas...

Resvalo me louca...trepidante... por trilhos e acasos desnorteados...
Ai!...me vou sempre...dia e noite a fio... nos braços de um meu amado
Que me carrega leste em seu corpo estreado
Correndo os montes brancos...as searas pretas enlutadas
A escondermo nos por instantes em revelações solitárias
Mistérios e segredos que nos dilatam...

Vós que mes acabasteis de ler...
Pouco ou nada devem perceber...
Mas acreditai em mim...
Não se trata aqui de uma charada...

É a dor de quem um dia ... num sobresalto absurdo
Se viu privada da sua razão de viver...
E de quem de um pedaço de si se viu num ápice privada...

Se me lestes... confiada...
Dareis conta do fio á meada!...

0 Comments:

Post a Comment

<< Home