páginas brancas

Tuesday, October 14, 2008

A tarde...em graça me chamou a trautear...
Versos de poeta a darramarem se...
E em suspiros e ânsias... me entreguei em agilidades...
Beijos que no desembaraço das vírgulas de vento
Se foram por montes e penhascos a voejarem...
Por vales escondidos...por lagos frios... a refrescarem...
E na fluidez do odorante líquido...
Na aragem melíflua me desenterrei...pura...
Ah! Que bom ter me assim sentadinha
No colo terno e caudaloso da onda tranquila
Que na sua timidez...mima e tranquiliza...

Chamou me o crepúsculo a folgar... pequena...
Nas costas mansas do sossego
Que se vinha arrastando...lento e cheio
Em réplicas e súplicas de descanso

E na adorno ruidoso de uma soneca estremosa
Rolavam castas passadas
Mas nas asas dos pássaros...
Nos ouvidos sagrados de quem passava ...
Prosearam se em cachos doirados os desejos meus...seus...
Ardores... chamados... réplicas ajuízadas... no tudo a ajuntar se...

Apossaram se de mim espíritos benignos
E em modestos e singelos cantares...
Desalojei me tranquila... em alinhamentos subtís...
Tranquei portas dentro de mim...
Abri janelas para todos os afims...
E em delongas e rezas perpétuas
Velejei ... abonançada em múimurios de lua...
E comigo se deleitava a amiga honrosa
Confidenciando se...
Perdera se há muito em chamados...
E que em em silêncios obtusos e descarados...
Já se havera esquecido
Da terna e boa raça mansa
Que aqui se semeara um dia

Avistara me o sossego azulado naquela tarde
Nos olhos verdes de prado pintado...
E no discorrer de uma minha risada
Se elevara em espantos e contactos a singela dama
Que por aqui sempre e cautelosa... passava...
Fora a eleita...eu...a menina desgrinhada...
Aquela que se afoitava em correrrias desajeitadas
Por terras e praias adentro...
Conversando com o mar...lambendo as conchinhas reluzentas
Eu...a sereia pequenina que desembarcara...alegre...
Um dia...aqui...

Agora... estou por toda a parte...
Entreguei me ao abraço seguro... do astro esbranquiçado...

0 Comments:

Post a Comment

<< Home