páginas brancas

Saturday, October 11, 2008

Num dito meu... deslizou um brinde...
Um tesoiro pequenino...
Um preâmbulo de adivinha...
Um mistério repentino por descobrir...
Soletrei me vezes sem conta ao vento...
Á boca e aos risos que se abriam...
Em caminhos assombrosos... cabalísticos...
Em estímulos ressonantes de verdades
Em berços áureos onde os néscios nasciam...
E nas auroras imaculadas que ninguém via...
Nesse pedaço de chão sagrado que ninguém pisa ...
Poucos...nenhums...ou talvez...só alguns me ouviam...
Ah!...que afectação a minha de me ter trovoado assim
Que prodigalidade bondosa a tua
De te teres atentado em me ouvires...
Porque nas parávolas entoadas...ditas...
Soou manso em teu peito um hino...
Generosas e andarilhas essas letras minhas
Em motes pródigos e sublimes...
Que se ajuntaram inteirinhas
Ao ramo de rosas já erguido
Que te tinhas aprovado há muito
Na entrega de meu íntimo...

Vale sempre a pena... num momento qualquer do dia...
Num espaço pequeno de uma tarde...
Num arrepio sagrado de harmonia...
Termo nos sanos e humildes...
Para...
Num esgar dianteiro e dadivoso...
Nos libertármos ... dignos e esperançosos
Na resolução mestra da charada altiva...

Tudo é incógnito...embuçado e mudo...
Quer de noite...quer de dia...
Só na modulação estremecida de um cântico...
Se podem encostar...sossegadas e amplas...
As entonações amorosas desta vida...

Acrescento me por vezes em revelações...
Parcas...neste trilhar constante que dói ...
Mas que também...me dulcifica...

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