páginas brancas

Saturday, September 05, 2009

Vou te falar do amor
Da lentura que ele tem a se achegar
Na intemporalidade a se escorregar
Da intranquilidade ... do sobresalto que adivinha ...
Vou te falar de certo beijo que nunca veio
Da ideia agitando se em folias entre o céu e a terra
Do sonho ... do devaneio ... da alucinação delirante
De certa criança que em bravuras por décadas o sonhou...

Pernoitou anos a donzela em sonhos e fantasias
Por certo genuíno e válido rapazinho...
Oh!tenuras arvorando...encostando se nos picos mais erguidos
Por essas terras adiante a não lhes conhecer o caminho...
Que nunca se profetizara ela a lhe calcular o destino...
E rezava e pedia...e abria os olhos em relâmpagos atlânticos
E em averiguações cósmicas a interpretar buracos e conchas...
Nos mares e nos caminhos...
E por debaixo de seu lábio maduro
Crescia lhe nos tempos morangueiros andarilhos
Aos cachos sumarentos... em pitadas açucaradas
Com que ela por dentro dos tempos se enriquecia a manjar
Beijos ... os dele a se amolecerem na sua língua ...
E a se comoverem sózinhos...
E no seu peito cresciam roseirais...pomares haríolo...

Mas ela era a guerreira a se nutrir nas luas nos sóis inteiros
E os frutos que ela colhia eram as carícias de seu menino
De seu donzel por essas terras aí se partindo...
E quando se satisfazia em olhares e regalias
Era nos seus braços...de suas cochas gordinhas
Que se satisfazia em observancias e ponderações
A se ver com ele passeando ali... mordiscando as pétalas
De seus cabelos já enegrecidos ...
Porque a menina era o jardim...e a morada de pedra
Com que sonhara toda a vida...
A se recatar...dócil e gentil a mais o seu amor
Que se desprendia do mundo... ali...
E foi nessa casa ... neste jardim ... que se sublimou o sonho
Que se construíu a vida para lá do fim ...

E de longe ... ecoava em lamentos ... um doloroso miar
De quem se queria vir e que por detrás dos montes
Das árvores se econtrava em penas ... se desconsolando assim...
ONNNNNNNNNNDE ESTÁSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS?
Era um pagem que dela se queria aconchegar numa brecha fina de pomar...
Mas cantara lhe em tempos un soneto...uma cantata linda
Certa alma vizinha...

Seria noutra vida ... noutros tempos a surgir
Que a infanta teria para si ... em vez de morangueiros
A escorrem lhe pela garganta em véu de noiva branco
A ter no seu peito...em lugar de seu vergel
O seu amor ... em branduras a ceifar lhe o tojo de seu jardim ...

Só assim se quebraria o feitiço
Da outra dama que lho arrecadar dali...

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2 Comments:

  • At 11:44 AM, Blogger Didac Udagoien said…

    ... y darse cuenta de lo relativo de los segundos, de como se estiran, a veces, disfrazados de minutos, horas... de como se encogen, pequeños, diminutos, como un resplandor, fugaces...

     
  • At 3:25 PM, Blogger Leila said…

    a dor de ver arrastado o tempo na ilusão de um ponteiro que possa correr á velocidade do nosso desejo...

     

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