páginas brancas

Tuesday, September 12, 2006

Tudo fizeram para me ultrajar...
Mas a palavra raivosa...imunda...desgastada...
Parou á porta do meu coração...
Ai...os senhores queriam que eu estrebuchasse
De frente aos rostos ocos e fechados da multidão...
Ai...tudo fizeram para que me aviltasse...
Mas prendi os braços numa jaula
Segurei os com uma corda fina
Na raíz das minhas mãos...
Agarradinha ao meu coração...
Ai essa pobre gente gritava...
Queriam me atormentada...
Queriam me culposa do nada...
Pois ouvi...gente que passa...
Que o ódio que tendes adentro de vós
Em mim se derrete em brandura...
Que as palavras ousadas que prenuncieis
Em mim chegam quebradiças
Palavras frágeis de verdade
Doentes na chegada
Folgo partido...
Trespaçadas de antemão...
Porque eu... tenho o céu...os anjos...
E sei na verdade...
Que está para breve a partida...
E que um dia gritareis por mim cá de baixo
Pois que a chuva...são as lágrimas dos demais
Que daqui partiram...
E por mim clamarás... ó homem confuso!
Que as águas desçam depressa do céu
Para te aumentarem
A verdura de que precisas...
Mas lembra te então...
Que o derramado no teu quintal
São lágrimas minhas...
Pois que sobre ti caíram minhas preces
E as orações chegarão então
Na forma do que mais precisas...

E é por isso que chove cada vez mais...choram os bons para que nada falte aos maus que se apoderaram de suas terras...pois que as flores não merecem morrer...é através delas que os homems ganharam a imortalidade...no céu e cá na terra...

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