páginas brancas

Saturday, December 02, 2006

No tanger das cordas
Virei me ... atordoada ao chamado
E é sempre em ti que me penduro...atenta...
E sempre sobre ti que me estico...serena...
Ai amor essas labaredas onde ardia o nosso amor
No desmatamento de nossos ardores
Na consumação do tempo
No amansamento de nossos desígnios
Voaram...
E é pois amor... nos cheiros doces
Das flores perfumadas que sobre mim espalhastes
Que te busco...procuro... para em ti me aprazear...
E como se de uma visão se tratasse
Vejo te no proeminência de uma anunciação...
Oh!...voaram para o céu essas fagulhas desatentas...
Mas disseram me há tempos anjos... amigos...
Que formaram lá no alto um toucado para Nosso Senhor
Ai...se assim foi, que se alevante então o Rei
Que clame bem alto o nosso nome
E que soou levemente em nossa alma... o teu e o meu
Para que possam amanhecer em nossos exaltações
As saudades que em mim tenho...
E na ingerência da minha vontade na tua
Que te tenha ressuscitado...e eu em ti...
Na proliferação de vontades
Na ardência glauca dos meus olhos
Junto a mim...

E mais suassurrava a donzela por debaixo do manto estrelada que a cobria...

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