páginas brancas

Thursday, August 16, 2007

Eu já parti há muito
Aninhandando me nas vestes do paraíso...
Sou uma miragem de gente
Que por aqui caminha... empurrada pelo vento...
E se me perguntarem de onde venho
Apontarei para o alto... o meu dedo...
E na vontade que tiverem em me entreter
Estarei calada... ouvindo baixinho essa gente...
Mas na cabeça haverá sempre um buraco
Para esvaziar as patrangas... os inventos...
Porque os meus ouvidos estão cansados
E o meu peito dobrou se um dia abatido
Desgostoso dessa emérita gente...
Despejei me súbitamente daqui... correndo...
Há muito que lhes descifrei as mentes
Apoucadas... ardilosas... desfortunadas
Mas sempre contentes...
Eu vislumbrei lhes a alma itenerente ...
Ninguém se apresentou a mim limpo... decente...
E depois... fala se muito aqui... para passar o tempo...
Deixei me evaporar numa tarde ardente
Com o peito a estalar... da índigna doença
E por debaixo de um dedo urgente...
E na indulegência sincera
De quem por aqui me arrebatou...
Vou e venho...
Parto e chego...
Sossegando os peitos
De quem por mim demanda... e me queria presente...
Ai... eu sou uma sombrinha mansa...
Uma estrelinha branca...
Que caminha leve...
No anseio do remendo do erro...

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