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Tuesday, August 07, 2007

No repouso do anjo... se sentam as mães
Na contemplação de seus meninos e meninas...
Enrosquem bem os vossos olhos agora
Nesses rostinhos pequeninos...
Pois... quande se alargarem na corrente da idade
De vós lentamente se irão... em corridas atrapalhadas
Desviando para outros céus ... os ternos olhares
Que em tempos idos clamavam pelo vosso mimar ...
E na meiguice se foi aclarando a formesura
Que vós... progenitoras....com jeitinho e afago moldasteis...
E as faces lustrosas dos tantos beijos... madre...
Ir se ão um dia crispar... do tanto vos desafiar...
E esses olhos pequeninos que chegaram um dia
Redondinhos... amplos da glória do Altíssimo
Escorregando pelas vestes de Nosso Senhor...
Confundia los... mulher sincera...
Com os esbeltos olhos ... do Excelso Criador...
Fervilharão um dia em lágrimas
Na severa contenda entre ambas iniciada...
Nos desafios iguais... eternos ... da sublime raça...
Aproveitem mulheres... o tempo pulposo e sumarento
Desses rostos para vós tornados...
E essas mãozinhas ... anéis preciosos...
Com que enfeitais agora as vossas mãos regaladas...
Ouçam... oiçam já as leves passadas do tempo que ronda por cá...
Fazei desde já o epíteto ... a história das graças
De quem nos vossos colos se sente protegido e amado...
E deixem se render á ternura preste e sincera
Dessas lindas criaturinhas que no silêncio das noites
Vos contam baixinho histórias atribuladas
De asinhas caindo... fresquinhas em olhinhos ensonados...
A mãe é tudo... céu... mar... o rochedo firme em terra penetrada...
Mas haverá tempos curvados... feridos na teimosia entrelaçada
Dos sims sabendo a não... e dos nãos sabendo a sim
Em que eles não irão seguir a mão amada...
E nos braços da terra ... no ventre dos mares
Se irão um dia ... alvoraçados... ensaiando passos rebuscados
Abanando as cabeças... espetando os rabos...
Glórias apetecíveis... desfeitas assentas nas cabeças dobradas...
Da mentira e do desassossego... por vós já experimento...
E tu ... sublime protectora...nem por isso darás...
Porque eles partem assim... um dia... sem acenar...
De costas viradas...como se nada se tivesse passado...
Vai te despedindo aos pouquinhos... mulher animada
Desses meninos... dessas meninas
Que aí tendes no teu colo encostados...

E na confusão dos dias e das noites
Se acharam todos... na claridade espalhados...

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