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Friday, July 20, 2007

Corri muito tempo ... sempre com a eternidade á minha frente...
E por detrás da fluidez que não parava nunca de cursar
Desconsolada... continuava a deslizar atrás da fraudulenta...
Querendo a agarrar... aprisionar... perseguindo a até me esgotar
Bravateando a folgazona que de mim se entretinha a me amedrontar
Amassando... achatando descaradamente os sonhos que eu tentava enlevar...
Desvirginei sombras perdidas... enfrentei ventos cobardes
E desfilando nas correntes esbatidas persegui a até me cansar...
Desafiava gentes a corromperem se... outras vezes... a emendarem se...
E um dia deixei de lutar... tecemos um pacto de vida
Pedi licença para viajar... para o outro lado do mundo... longe de seus olhares...
Que me deixasse quieta a seu lado num sono sossegado... aquietado...
Conversámos ás escuras e ficaram concordadas tréguas até ao seu regressar...
Ai... eu andei sempre contente e segura
Tendo a fiel na sentença... sem nunca desconfiar...
E com ela me entreti em pensamentos
Sem nunca almejando o meu findar...
E ela ria se de mim quando eu chorava
Porque nas suas teias me entrenhava sem pensar
E abusavam na minha alma contrevérsias
Querelas... que no seu querer me iam matar...
E um dia descobri que no vazio dos dias e das noites
Que nunca param de girar chegaram os homens e as mulheres
Para me contestarem... tudo lérias...historietas... falácias...
Fanfarrões... palermas...para me enganarem...
E eu fui a andorinha pequenina que se deixara apanhar
Nas idas e vindas de seus passos manhosos e leves
Que me queriam desacreditar...
Que me desejavam ao contrário...
Todos cúmplices... ardilosos e astutos ...
Só para me poderem gozar...
E eu fui deixando...
E eu fui escorregando... porque ouvia risos
E embalava me na louca alegria de os poder escutar...
Porque tomava lhes o escárnio por doces cantares...
Pois é... o inocente nunca vislumbra na alma de outrém
A mancha rançosa da ignomia... viscosa... a sangrar...
E nos tempo nos balançamos em ilusões e propósitos...
Sempre... sempre... recomendando nos a Deus... que nos resguarde...
Eu vim com o propósito de ficar... inocente no meu deambular...
Ofereci prendas aos meus amigos...
Beijei pais... irmãos e toda a irmandade ...
E um dia... surpreendida... chegou o meu aliado dos tempos idos
Num ronco ensurdecedor... abicando para me arrebatar...
Que o contrato estava findando... que tudo tinha acabado...
Firmei me segura na ténua lembrança... memorando o acerto combinado
E chicoteando me firme... levou me para outros lugares...
Ai... esse tempo que corre... que trepa sem parar...
Que nunca se esquece de ninguém... que corre... corre sem parar...

E a gente deixa se sempre... sempre levar...

Mas quem muito pede
E na benignidade se afirma...
Na demanda da excelência graça
Ao Altíssimo Santo do Altar...
Se encontrará com ele um dia
E em braços longos e meigos
Em colo terno e abrilhantoso
Se deitará um dia a dormir...

Oh! honroso e deleitoso desejo...

Pater noster qui es in caelis
Santificatur nommem tuum
Adveniat reginum tuum
Fiat voluntas tua
Sicut in caelo et in terra...

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