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Thursday, July 05, 2007

Amor... pousa em meus lábios um beijo teu
E cheira me... adivinhando me o gosto meigo
Dos morangos acabados de colher...
E no caminho que me leva a ti...
No enlace dos meus braços ... já nos teus
Que eu te possa auscultar o Astro rei dizendo
Vem... vem... achega te centelhazinha brilhante
Para na ardencia do meu colo permaneceres...
E o diadema de teus brilhantes refrescar se á no meu...
E quando tiverdes os meus lábios juntos aos teus...
Que se despregue então aquela aragem branda
Que há tanto chamava por mim... por ti... ausentes...
E nas costas de uma chama doirada soltar se ão risos
E por meio das brumas escurcidas da saudade
Encontrar me ás azulinha... cor do paraíso...
Tinto aromatizado... estonteante...
E no beijo trocado... puro... amor dilatado e alastrando...
Que se troquem pois essências... perfumes... incensos suavizantes...
E na animação da boca tua na minha...
Que me revistes... me enfeites de fitas... coroas e tocados
Para te lembrares daquela que sempre te adorara
Esta que te voltou... leve... despenteada e rosada...
E escuta ... ouve o meu canto trinado... singelo e aromatizado
Que há muito te ensinara e que repetias... airoso... contente...
Correndo formoso... nos campos apapoilados...
Eu sou amor... aquela que te chamava...
Aquela que nas noites vertiginosas do contento
Te apertava... e a quem te entregavas... sem saber porquê...
Vem meu amor... neste soprinho de alma... vem... vem...
Acorre para nos fundirmos... mansos...
Escorregando por dentro da manta da alvorada
E então amor... não te mexas
Para que eu possa estremecer
E sentir no peito meu... o ardente coração teu...
E para que tu... num arrebatador alento ...
Me possas teres...

E por muitos séculos eram sempre os dois que se encontravam...
E o povo testemunhava a benção na igreja... junto a Nosso Senhor...

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