páginas brancas

Thursday, June 14, 2007

São tão alegres e desenvoltas
As palavras que do meu coração se afastam...
E estendem se espessas... em orações de graça
Sondando anseios... meninas animadas...
São leves... essas letrinhas
Que atiro... bracejando no puro ar...
E vão sempre direitinhas
Para dentro de quem as quiser agarrar...
E quando a elas se chegarem
Vão escutar docemente... aos pulinhos
O vento da serrania a cantar...
E os incensos enleadores... adivinhar...
Pois que... quem de mim se quiser abeirar
Tem de me ver os olhos... e cheirar me...
E os sentidos a dançarem...
Ai!... é tão alegre esta caixinha
Que se abre e se fecha...
Que palpita sem cessar...
E se ouvirem bem os sinos a dobrarem
São cantigas que eu conto... amornadas..
Sem princípio nem fim
Sem saber onde um dia vão chegar...
Bordadas de cheirinho a jasmim
Que os moços levam ás raparigas... perfumados...
E numa troca de olhares amam se...
Cochichando baixinho... aos pedaços...
Porque... quando lhes foge o cheirinho
O feitiço acaba...

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