páginas brancas

Saturday, June 02, 2007

Soltei me da méscla incadescente
Da amalgama indesvendável
De quem me formara...
Numa consistência esmerada
Na medida certa... na exactidão perfeita
De Quem... no ínicio do tempo me imaginara...
E na demorada despedida... me foi concedida
A inteligência espírituosa de a todos animar...
E depois... num vôo celestial... envolta
E apertadinha em doces fragrâncias
Fui descansar... sorrindo da nobre aterragem
Num cantinho aconchegada...
De quem... já me prometia amar...

Viam se muitos corpos
Do lugar de onde me mandaram
Havia os brancos... rosinhos... pretos amarelos
E todos misturados...
Enfrequeciamo nos então em airosas risadas
Na observação cuidadosa
Das nossas vestes pintadas...
E depois súbitamente... amansou se aquele fogo
Que começava a desmaiar...
Moldando sorrisos e candura nos olhares...
D'Aquele... que no sossego nos amara...
E foi nos recomendado baixinho
Muita... a valentia a ter...
Aqui por estes lados...

Mas isso foi muito depois... após muito cansaço...
É que um dia nos lembrámos do tal sítio
E da generosidade de quem... para este lugar nos mandara...

E enchem se igrejas... mosteiros... capelinhas e catedrais
Pedindo perdão ao Criador por... o pacto ter falhado...
Mas o Senhor na sua benevolência extrema...
A todos um dia perdoara... sim... sim...
Mas só os eleitos... os arrependidos de costas arqueadas
Benditos sejam eles... nos braços do Senhor...
Que... na sua pureza nos criara para o amar...
E nunca sentiram os homens... nunca viram...
No coração do semelhante
A marca de Progenitor
Que para cá os mandara...
Mataram se... golpearam se... degolaram se
Por séculos até não poderem mais...

E na certeza santificada de Seu propósito
Conssentimos todos em iniciar a viagem...

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