páginas brancas

Friday, June 01, 2007

Abriu se num abraço voluptuoso
E todos nela se ajeitaram
Porque era quente o peito
Daquela... que por eles chamava...
E numa corrida desenfreada
Carregada de emoções
Acolhera ela a meninada
A quem a vida toda amara
Para quem toda a vida cantara...
Em abismos silenciosos de nada...
E num descanso apetecível
Se ergueram para ela as feições
De quem... dela algo mais esperava
Para além das acostumadas canções...
Chegara a hora de se amarem
Vinda a noite sossegadinha...
E em braços gordos os apertava
Todos muito aconchegadinhos...
E do peito farta lhes cochichava
O tanto... o muito que lhes queria
E dito isto... em termos benditos
Se ia a meninada a dormir... toda juntinha
Por cima da palha seca... todos enroladinhos
Saciados do peito... amores encantados...
Enfeitiçados... do arrebatador afecto
Com que a mãe sempre os brindava
E que para eles vivia ... e que por eles sonhava...
Sempre... sempre... sempre cansada...

Do pai não se constava lembrança depois de se ter ido para a frente lutar...
Esperam no por meses... por anos... e para ela os deixara... totos... todinhos...
E a mãe nunca se lamentava...

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