páginas brancas

Tuesday, May 29, 2007

Eu não sou nada ...
Visto me de azul em dias azulados
Adereço me de rosa em dias rosados
E nada se transtorna em mim ... nada...
A não ser aquela fragrânça que me ampara
Aquele fervor que me regala...
São ramos de conchinhas que brilham ao luar...
Eu vi coisas lindas no mundo de lá...
Nos céus das noites que se erguem caladas ...
E num convite sereno me afasto
Na atenuação suave de uma voz que me agarra...
E no abrandamento do êxtase
Surgem me na memórias andanças do passado...
Sim... sim... arremessaram me mum dia gordo
Regorgitou me a trovoada
E num sublime relâmpago me viram doirada...
Quis me o Criador guerreira e fortalhaça
Criadinha na crosta de uma fatia de céu quebrado...
Ai... que eu não sou nada...
Vivo sossegadinha... numa talhada de melaço...

0 Comments:

Post a Comment

<< Home