páginas brancas

Sunday, May 20, 2007

O amor é uma onda branca á espera de ser pintada
O amor é o céu translúcido que espera de dia
Para á noite ser escravinhado...
O amor é o frémito secreto que espera e acode
O calor encantador que pinta secretas vontades...
Ai... o amor é aquele relógio que pauta... bate os segundos
Das urgências furtivas dos enamorados...
O amor é o vôo incessante da alma que plaina tranquila... alada...
Procurando assento... indagando morada...
O amor são passinhos pequenos correndo na madrugada
Esquadrinhando becos... nichos... elegendo cheiros... desejando tomar te...
O amor é uma seta pequenina viajando no tempo ... mordiscando o espaço
É azul verde vermelho riscado... da cor de um sotão escondido sem morada
O amor vive na plenitude de um riso cobrindo o prado ...
É a luz bendita que vem inundar com flocos de sossego a madrugada...
É a areia branquinha caindo leve pelos dedos finos da meninada
É o sol árdego aconchegando vultos ... aliviando gente triste... sem casa...
É uma chuva limpinha enchendo riachos... aclarando casinhas ...
Embalando corpos cansados...
Ai... o amor é aquela teia rendada que enche o peito... em suspiros por ficar...
Que se mostre pois o amor... e durma sempre... sempre a teu lado...

E foi assim... com esta história que a avózinha adormeceu o neto fatigado do tanto perguntar... e mais lhe segredou que a história não acabava aqui... e que amanhã haveria mais...

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