Esta chuva que cai...
São abraços lá de cima
Que se estendem para me agarrar
E neles me embrulho
Num sussurro estonteante
Porque os respingos que me afagam
São bracinhos na verdade...
Saudades acabadinhas de chegar
Daqueles que se foram
E que um dia me amaram...
E num incessante deslumbramento
Me deixo... quieta... parada...
E sempre... descansada...
Saudosa das memórias
Que amiúde me chegavam...
E deixo me então afagar... atordoada...
E os pingos... são docinhos de verdade...
São lábios que me querem beijar...
E nesta rua limpinha ... toda clara
Cheirando a céu lavado
Vejo me cercada por melros pretos... descarados...
Que picam aqui... protestam ali... e não percebem nada...
É uma gente estreita... que me julga inadequada...
Vejo me então... coitada... carregada... empurrada...
Por gente louca que não alcança e não enxerga nada...
Eles não vêem... eles não sabem...
Nunca estiveram no sítio de onde vim
Há muito... num dia... lá... lá... do outro lado ...
São abraços lá de cima
Que se estendem para me agarrar
E neles me embrulho
Num sussurro estonteante
Porque os respingos que me afagam
São bracinhos na verdade...
Saudades acabadinhas de chegar
Daqueles que se foram
E que um dia me amaram...
E num incessante deslumbramento
Me deixo... quieta... parada...
E sempre... descansada...
Saudosa das memórias
Que amiúde me chegavam...
E deixo me então afagar... atordoada...
E os pingos... são docinhos de verdade...
São lábios que me querem beijar...
E nesta rua limpinha ... toda clara
Cheirando a céu lavado
Vejo me cercada por melros pretos... descarados...
Que picam aqui... protestam ali... e não percebem nada...
É uma gente estreita... que me julga inadequada...
Vejo me então... coitada... carregada... empurrada...
Por gente louca que não alcança e não enxerga nada...
Eles não vêem... eles não sabem...
Nunca estiveram no sítio de onde vim
Há muito... num dia... lá... lá... do outro lado ...
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