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Tuesday, September 11, 2007

Quiseram me ofertar um castelo
A mim!... que gosto da luz do céu
Tecto inacessível que atrai e incita
A alma minha... pequenina... a trepar até ali...
Do brilho do mar... do cair da chuva...
Que tudo me dariam... a mim...
Que... no recato... sempre lhes ocultei o olhar
Que de mim... nunca escutaram pronúncia...
Que alcáçova será essa?...
Senão a de um coração singelo
Que chama por mim... onde está ele?
No passeio de olhos em mim
Desarmonizo me ... sempre presa...
Que importunação essa de me quererem...
Se eu... menina... ainda não tropecei nele?...

Numa casa pequenina morava uma donzela...
Escutaram lhe um dia a voz
E logo se enamoraram dela...

E a menina afundava se em lustrosas melodias...
E quem por lá se atravessava ... seu coração possuía...
Mas ela... era lhe oculta essa magia...
E um dia... do tanto entoar
Alojou se lhe nela uma fadiga...
Vieram de todos os reinos rapazes... príncipes
A saber notícias dela... porque ...
Naquele canto... havia fascinação...
Apurava se lhe na voz...
Pedacinhos de bondade... de delicateza
Que sua constância abrangia...
E num sonho que teve...
Chamou por donzel apobretado...
Pois que era desse que queria...
E teimou se nela... tal sentença...
Fugiu da cidadela ofertada
Por um cavaleiro rico...
Prostrou se então o mancebo a seus pés
Lhe oferecendo sua vida...
Aí estava a fortaleza que procurava
E que enfim... encontraria...

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