páginas brancas

Sunday, September 09, 2007

Amiga... nunca te aches na indiferença
Atina te o juízo e vem...
Anda comigo ouvir histórias antigas
Vem desfilar pelas ruínas que sussurram... aflitas...
Lamúrias antigas... disputas... presas ainda nas gargantas...
Vinde... passear pelos castelos acima... vem... vem...
Segue os pés das colinas... vitrais de Rei...
Não te ofendam as pedras da calçada fria
Que vivem ali... e ficam bem...
Não te amofines nas tardes frias
Por debaixo dos troncos de chuva
Escuta... escuta bem...
Aquele desassossego pequenino que sacode o corpo da gente
E o gelo espertino que nos traz aos dois... abraçadinhos... também
E ... se for preciso que os céus ronquem no teu sossego
Desperta... alevanta te... acorde bem...
E vede a beleza dos céus enfurecidos
E o esplendor das árvores douradas e espelhentas
Que alumiam o passo da gente... trepassando o ventre da terra
Numa risada terna ... e que fica bem...
Vede...
É o povo encharcado... a correr para os braços de suas casas ... além...
E o tanto que espartilha os nossos sentidos
Afligindo os pequeninos e grandes... os que estão de partida
E a mim também...
E sede como essa chuva que desatina...
Como esse clarão que reclama...
Como essa árvore pequenina
Que seus ramos alumia... e vede ... vede bem...
Amigo não tomes sempre a dianteira
Olha para aqui também...
Passeia... tranquilo...pelas vielas pequeninas
Inibria te nas suas sombras e esquinas
E vede te pequenino... escuro e mosqueado também...
E não te amedrontem essas pintinhas escuras
Que mais não procuram em ti... senão a frecura...
Vem amigo subir as colinas ... descer a poços
E mergulha te em águas frias e puras...
Expurga te em seu reflexo divino... que eu vou contigo também...
E se nos deixarmos prender num feixe de luz
Seremos opalas... diamantes... alminhas puras de criancinha
Estrelas cadentes... que em seus rastos fulgentes cantam...

Acorre amiguinha minha... passear te comigo... por ali...
E por aqui também...

0 Comments:

Post a Comment

<< Home