páginas brancas

Saturday, January 05, 2008

É na tua boca molhada que me quero reanimar...
E no despudor de minha inspiração
Alegro me... da ignorância de tua deliberação...
Não te acordes amor... desse recatado sonata...
Os teus olhos secretos não vislumbrarão nunca
A boca ameigada e apressada
Que se encosta juntinha... á minha morada...
E que o meu sopro aguçado... te aqueça o repouso
E que em ti... não haja sinal de alteração
No ditoso prenúncio da minha ambição...
Descansa leve nesta noite madura
Nesta escuridão segura...
Porque... no contento do teu adormecimento
Alenta se em mim o desejo
De a teu lado nanar... sempre contente...

E foi assim por longos anos...
Nunca ela a ele se revelou...
E nele... a donzela se eternizou...

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