páginas brancas

Saturday, March 15, 2008

Alguém me pediu um conselho...
Mas quem sou na realidade
Para me julgarem na verdade
Digna de tal ambição?
Vou me então pequenina
Exercer me na dada sentença
Recheada na autenticidade
De ver no outro a laçada
Atada ao meu coração...
Não chores amor...que te quero
Na obscuridade da tua aflição...
Agrilhoa os teus olhos aos meus
Na circunspecção cúmplice da sensatez...
Na vontade ágil da revelação
Na disposição célere da confidência...
E se por um acaso te fugir o olhar do meu
Recata te no silencio milagroso
De um momento corpolento
Adversando te na penosa difamação...
E examina te então contente...
Na renúncia da palavra dada
Da coisa sentida e contristada
Na singeleza do remorso e da emenda ...
E vede o incómodo imenso...a aflição extrema
De te teres afastado...diferente...
Mas não te fuja então o desejo da emenda
Que sublima... enobrece e esclarece...

Mas se por um acaso persevarares
Na malvadez e na depravação
Não cruzes o teu olhar ao meu
Pois que o meu coração só abrange
A quem procura na alma...um irmão...

Trago nos olhos uma rede pequenina
Um teia fina ... doiradinha
Que tudo vê...

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