páginas brancas

Saturday, March 15, 2008

Pediram me poucas palavras ...
Que fosse breve no prosear
Que me delongo no pensamento
Na averiguação de minha alma
No indagar da verdade...
Mas que posso eu fazer
Se me amenizo no dizer...a cantar...
E se no tudo que digo
De súbito se desenha no ar...
Mas quem não se atenta e nada vê
Se amolece e aborrece ao escutar...
E depois...dizei me lá...
Se não são um encanto...
Estes achados a caminharem...
E que culpa tenho eu
De me ter em conversas
E em amores ternos com o luar?...
E se me corre na alma
Esta força este tormento
De tudo atestar e querer arrastar?...
Se falo do tempo
Ocorrem logo as súplicas
Que o sol faz ao vento
Para como convém... o deixar brilhar...
E no céu não posso olvidar os anjinhos
Que me cantam e querem bem...
Não me peçam parenteses
Que os não sei desenhar
Os meus olhos são grandes
A minha boca gulosa
E os ouvidos também...
Sendo assim convoco vos... minha gente
A seguirem me por este mundo adentro
A ver o céu e o estrelar
Os astros azuis por cima dos telhados
E as crianças pequeninas enfraldadas a sonhar...
E se parardes num desses portos frescos
E se com a alma o mirardes
Acenareis na certeza que há coisa

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