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Monday, January 05, 2009

Canta... canta linda donzela
Toca... toca no teu alaúde afinado
Uma canção ao teu donzel
Que se foi fidalgo na montada
Lança e punhal em reste...
Intuite se ele em matar o infiel
Que ás terras mouriscas se fez...
Porque não lhe haveis dito
Porque não o haveis descomprometido
De tão escassa e ignóbil insenssatez?
Querer matar não é obra fidel
Amar te é que é cortês ...
Deixar te em prenúncios de viúva
Despejadinha de ternuras e beijos
Que te fariam sorrir na vez?
Escuta...ó menina esperançosa
Esta voz que te diz pura
Larga lá o instrumento
E te vai em seu encalce desta vez...
Que da outra ... te achegou débil mas inteiro
Aconchegado em teus braços languidos
Curando se das lutas e trégoas desatinadas
Não o queiras assim desta vez...
Veeeeede!......... lá adiante...
A carnificina que se anuncia
E que já lá se fez...
Renuncia te mansa e corre
Neste tempo se desdobra escasso e brando
Em prenúncios válidos e certeiros de viuvés...
Ponham se de lado as vinganças...
Sentimentos apoucados e dissonantes
Que desclarecem a honra e a erudição
Apressa te moiçola ... faz te guerreira da paz
Retorna te a casa sã com teu amor grande
Na montada lesta e robusta de teu corcel valente

E que te tenha a ti ... único troféu de sua senssatez

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