páginas brancas

Friday, January 02, 2009

Tudo o que os meus olhos vêem é pura alucinação...
O que nos parece num relance belo
Torna se na abastância das vezes em traição...
E no tracejado dos contornos rudes das palavras e ideias
Há fantasmas que se atrevem a me aparecerem na ideia
Na carne e no osso ofertado pelo Sehor que neles se dignou
Fazendo mau uso e sujeiras sem fim das vestes lindas com que se enfeitam por aqui...
Afasto me célere no receio de me aleijar nessa animação puluenta
Que se espalha e se cola ás roupas...aos corpos das gentes desatentas...
Mas não em min!
Porque a ciência está em ultrapassar essas treves...traves obstinadas
E em olímpicos esforços derrubá las com a força da razão
E em redemoínhos espirituosos e em sonhos alternados
Soletramo nos em orações ... em rumores agitados que nos reguardem do fim
Porque nesta ficção enganosa do dia á dia
Se me não acautelo e me não prostro em estacas escoradas e firmes
Corro o perigo mortal de me deixar escorregar... singela e sana
Para os lados lamacentos dos falsos paraísos...

Acautele se a boa gente...
Porque vivemos rodeados de lobos e serpentes afins...

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