páginas brancas

Thursday, December 25, 2008

Chegou se me a min a alegria
Num brincar ruidoso e brando...

Por onde andavas ... por onde fugias
Que te interpelei vezes sem fim?

Era bom era... que fosse sempre assim
Só de a cantar e aparecer nos logo aqui!..

Só se acorre ligeira a quem pouco tem a pedir...
A quem no muito se julga imerecido...
A quem no pouco se tem estabelecido...
E só se entrelaça meiga e boa
Junto a quem se já despediu
Desta vida que se afunda traiçoeira
Em abundâncias e desencantamentos...
Ah! queríeis ter vos alegres e contentes
Nesta vida atemorizada...repleta de contendas...
Demandais homem... muito ao tempo...
Ajoelhais vos demasiado em preces no pedir lhe tanto...
E na roda da abundância...no distanciamento das gentes
Tende vos satisfeitos na captura dos desejos
Nessa trama enganosa que custa a repelir e a conter...
Ai! vede a alegria dos animaizinhos que mais não desejam
De que um carinho lisonjeiro...uma carícia amena... docezinha...
E se olhardes bem nos seus olhos glorificareis na certa
Aquele desapego dos bens a que chamamos terrenos ...
Foram se há muito por galáxias adentro
E em termos de estudo , mestrados e doutoramentos...
E na volta singela pouco se aperceberam os residentes
Da revolução celestial onde se tiveram suspensos...
E por isso se dão ás crianças aos homens serenos
Animaizinhos para com eles aprenderem
Os alfabetos sagrados as tabuadas veneradas
Que o Santo explicou ao inocente...
Mas no desatino do homem mora o desassossego
E muitos se têm por anos , décadas e milénios desatentos...

E nós a pensarmos que nesta vida
Tudo se conquista á força de espada...á força do punho...sempre em decadências
Mentira!...só na benevolência e na benegnidade humana
Se prostra direita...olhando nos com olhos ... a verdadeira ciência!

Quereis vos alegres?
Tende vos então calmos e serenos...
E sempre em abreviados pedidos...
Que nunca deverão ir...
Para além da razão ajustada á divina conveniência!

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